Oi gente!!! Dessa vez não foi um capítulo, mas vim dar notícias sobre ele! Vim também divulgar dois blogs recentes aqui no blogger. Ambos são Niley, e acho que vocês vão amar!!!
Sigam, sigam, sigam >>> Stole my heart
Essa fic, na verdade eu cheguei a ler no Nyah, mas como todo mundo já sabe, o site apagou todas as fics de artistas (recalque u.u kkkkkk). Enfim, como eu e muitas outras escritoras, a Maddie Cyrus decidiu recomeçar no blogger. Garanto que a fic é muito legal, e que vocês vão adorar, ainda mais quem curte fics de colegial. Ela já estava finalizando a fic na época do Nyah, mas eu não tive a chance de terminar de ler. Fiquei sabendo até que ela já tem planos para segunda temporada. Ou seja, a história já está toda pronta, apenas esperando ávidas leitoras comentárem por lá para ela poder postar mais. Por enquanto, a Maddie não coneseguiu colocar a barrinha de seguidores, mas vocês já podem começar a ler e a comentar, já para acompanhar. Quando ela conseguir colocar a barrinha, eu aviso a vocês aqui, ok? ;D
Sigam, sigam, sigam >>>>> Start of something good
Essa fic, se eu não me engano é inédita, por isso a história ainda é um mistério para mim também hahaha Mas a autora, a Jeéll, já tem uma outra fic Niley que é maravilhosa! Então, não tenho dúvidas que essa fic será boa. Por enquanto só tem a sinopse postada, mas vale a pena seguir para acompanhar do comecinho, pois só pela sinopse já dá para saber que será muito boa!
Bom gente, é isso. Só vim aqui divulgar esses blogs e para dar um sinalzinho de vida. Não fiquem bravas comigo, ta bom? Aconteceram algumas coisinhas esse mês seguidas com uma semana de prova bem puxada, então realmente ficou difícil para escrever rápido. Mas já estou no final do capítulo e garanto que vocês vão gostar! O capítulo está gigante para mim, então pelo meu ver, vai recompensar a espera de vocês :) Provavelmente nessa semana que vier eu já vou estar postando o capítulo 24! Fiquem de olho, hein!
Beijos, até semana que vem! :)
quinta-feira, 25 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Capítulo 23 - Rescue
Oi gente!!!!!! Por favor, não me matem pela demora! Eu estava em época de provas e eu tive que estudar kkkkkkkk Mas enfim, eu tentei escrever o mais rápido que podia para não fazer vocês esperarem tanto. Ah, obrigada pelos comentários do capítulo anterior *-* Tomara que esse tempo de espera valha a pena para vocês. :D Aproveitem o capítulo!
Boa leitura!
O vento chicoteava meu rosto conforme eu dirigia em alta velocidade pela estrada quase deserta em direção a Riverside. Pode parecer loucura, mas eu achei melhor vir sozinha. Isso que isso pode comprometer um pouco a minha segurança, pelo menos não comprometerá o meu orgulho. Vou mostrar para o Steve que eu sou bem mais capaz do que ele pensa. Que eu consigo, sim, resolver as coisas sozinha. Peguei o carro do meu tio emprestado por um tempo, é claro, sem ele saber, e parti para a estrada.
Dei mais uma checada no GPS do celular. Estava cada vez mais perto. Mordi o lábio inferior em ansiedade. Tudo tem que dar certo. Formulei um plano para conseguir tirar o Nick de lá com o Joe antes de buscar o carro. Parece até inteligente, mas é um plano otimista demais. Bom, é melhor do que nada...
Ás vezes minha mente vai para outro lugar durante a viagem. Eu imaginava o que pode estar acontecendo agora com o Nick. Mas eu estou tentando ser positiva com todas as minhas forças. Ele está bem. Ele tem que estar bem. Pisei mais fundo no acelerador, fazendo acabar com essa distancia cada vez mais rápido, fazendo o barulho mais forte do vento e do motor ensurdercer as batidas gritantes do meu coração.
Alguns minutos depois, o GPS indicou que eu estava próxima do meu destino. Respirei fundo e desacelerei até achar uma casa simples localizada num quintal no meio daquela imersidão deserta. Até havia umas outras casas alguns metros mais distantes, mas estavam aparentemente abandonadas. Estacionei o carro ali por perto e sai do carro, carregando minha mochila que carregava duas armas minhas e alguns outros objetos uteis em caso de emergência.
Um homem vigiava a estrada da varanda da casa. Ele logo se levantou da cadeira ao perceber que eu caminhava aparentemente tranquila até ele. Era um homem alto e forte, lutar com um cara desses é pedir para morrer. Ainda bem que eu trouxe armas. Eu abri um simpatico e sedutor sorriso para ele.
-Boa tarde, você quer alguma coisa? - perugntou ele um pouco desconfiado.
-Eu estou morrendo de sede, será que você pode me dar um copo d'água? Aqui em California é tão calor! - eu me abanei com a mão.
-Eu posso saber o que está acontecendo aqui? - um homem mais baixo chegou até a soleira da porta de entrada. Ele me olhou de cima a baixo. Pelo visto ele gostou bastante do que estava exposto pelo pequeno short jeans e uma camisa de rock com um decote, de corte customizado por mim, bem generoso. - Quem é você?
-Meu nome é Evy. Eu estou fazendo um viagem bem longa já faz um tempo. Sabe, por o pé da estrada é muito bom, mas às vezes é um pouco exaustivo. Eu estou morrendo de sede e até agora não encontrei um posto de gasolina. - eu fiz a cara mais inocente possível.
Os dois se entre olharam como se estivessem confirmando as suas respostas. O grandão deu de ombros e o outro, o mais interessado, me lançou um sorrisinho.
-Por que não? Não é todo dia que a gente recebe alguma mulher tão linda aqui... - eu soltei uma breve risada.
- Obrigada!
-Só um instantinho. Vou avisar aos meus amigos que tem visita. - ele voltou para dentro da casa, me deixando sozinha novamente com o vigilante. Provavelmente o cara foi tentar disfarçar o sequestro do Nick lá dentro. Eu dei uma espiada da varanda e vi o homem entrar em um dos cômodos conversando com algumas pessoas. Logo depois, me toquei que o grandão ainda me encarava. Eu apenas puxei os meus lábios em um sorrisinho.
-Casa legal. - eu comentei. - Deve ser bem tranquilo por aqui...
-É mesmo. - ele respondeu.
-Vem cá, por que você estava aqui na varanda olhando pro nada? Você está de vigia? - eu perguntei como não quisesse nada. - Aqui tem muitos assaltos?
-De vez em quando. - ele respondeu secamente.
-Ah...
No momento, voltou o mais baixo com a expressão mais simpatica. Sério mesmo, esse cara estaria ferrado comigo se fosse da minha gangue e no meio do serviço dar mole para qualquer mulher que aparecesse. Esses homens... Tão faceis de serem manipulados. O que um shortinho e um simpatico sorriso não faz...
- Voltei. Pode entrar. - ele me deu passagem para adentrar a simples sala de estar. - O que você e o Jeff estavam conversando?
- Ele estava me falando que às vezes tem assaltos por aqui, por isso que ele fica lá fora.
-Pois é, esses bandidos de estrada são fogo! - ele disse. Bandido mulherengo pior ainda!
-Sabe, eu sei que é pergoso, mas sempre quis conhecer um bandido. Bandido mesmo, sabe? Acho que eu tenho uma queda por bad boys. - eu disse rindo.
-Ah é? - ele me lançou um olhar curioso, ao mesmo tempo um pouco interessado.
-Aham.
Nossa conversa foi interrrompida por barulhos estranhos vindos do cômodo que o mulherengo tinha entrado segundos antes. Grunhidos abafados de uma pessoa, aparentemente desesperada soava de lá. Ai meu Deus, é o Nick! Mas logo esses grunhidos foi interrompidos por um outro barulho e um gemido de dor. Ai merda. Vou acabar com o desgraçado que se atraveu a fazer isso com Nicholas.
-O que foi isso? - eu perguntei fingindo estar curiosa, mas eu já sabia muito bem do que se tratava.
-Erg... Meus amigos gostam de praticar luta livre. Por isso que entrei lá: pra avisar que tinha visita. Mas pelo jeito eles são bem teimosos. - ele lançou um olhar nada legal em direção a porta.
-Nossa que estranho. - eu falei.
-Senta aí. - ele apontou para o sofá. - Eu trago uma água pra você.
Eu assenti e me sentei no sofá. Deixei minha mochila prontamente ao meu lado, caso eu precise usar alguma coisa que está dentro dela. Olhei ao meu redor. Não havia ninguém na sala além de mim. Quantos caras devem ter aqui? Bom, a casa não é muito grande. Então imagino que tenha o Jeff, o "conquistador", mais um filho da puta que machucou o Nick... Será que ele está bem? Respirei fundo e olhei ao meu redor. Havia mais dois cômodos. Um eu imagino ser o banheiro e o outro um outro quarto, que pode ter a possibilidade de ter mais um lá dentro. Três homens e mais um ou dois possíveis bandidos lá que eu ainda não vi.
-Ah, a propósito, meu nome é Andrew. - ele voltou me acordando dos meus devaneios com o copo de água numa mão e uma garrafa de cerveja na outra. - Você vai querer também? - ele estendeu a garrafa, se referindo a cerveja.
-Não, por enquanto só a água mesmo. - eu disse com um sorriso de agradecimento.
-Então, você viaja sempre sozinha assim? - ele me perguntou me entregando o copo. - Sem companhia? - pronto, começou a sessão flerte. Ninguém merece...
Observei Andrew dar um gole na sua bebida e tive uma ideia. Eu bebi rapidamente a água, esvaziando o copo quase se imediato.
-Quer saber? Acho que vou querer uma cerveja também! - eu disse.
Ele olhou para o meu copo vazio e riu. - Tudo bem... É bom, que assim você fica mais discontraída. - ele piscou pra mim e deixou um sorriso escapar de seus lábios.
Andrew levantou do sofá e eu revirei os olhos. "Discontraída"... Tenho mais o que fazer! Quando ele entrou na cozinha carregando o meu copo de água, eu abri ligeiramente a minha mochila e tirei de lá um pacotinho. Despejei o pó que no pacote continha dentro da garrafa de cerveja do Andrew. Tapei o gargalo com o polegar e chaqualei um pouco para diluir mais rapidamente. Dexei a garrafa de volta no mesmo lugar antes que ele voltasse para sala. Quase dois segundos depois, Andrew volta com uma nova garrafa gelada na mão. Ele me entregou a cerveja e eu peguei a garrafa olhando diretamente nos olhos dele. Sempre é bom conquistar mais um pouco, só pra confirmar que tudo vai dar certo.
Ele se sentou ao meu lado no sofá novamente. Ouvi alguns barulhos vindos do cômodo em que o Nick estava. Ótimo, como se eu não estivesse mais aflita. Foco, Miley, foco! Ele deu de ombros um pouco sem graça e eu ri forçadamente.
- Pena que eu não posso sair daqui até meus outros amigos chegarem, senão eu te levaria para um lugar melhor. Eu conheço alguns comércios daqui a poucos quilômetros, a gente poderia conversar melhor por lá. - Calma aí, ele falou mais amigos? Ai caramba! Se eles chegarem antes de eu resgatar Nick, vai ficar difícil de dar conta de todo mundo.
-Amigos? Seus amigos vão demorar quanto tempo pra vir? - eu perguntei curiosa.
-Eu não sei, pode ser a qualquer momento. Eles falaram que viriam aqui de tarde. - ele respondeu dando um gole da sua cerveja.
-Então, que tal a gente terminar nossa cerveja logo pra gente se conhecer melhor em outro lugar... Sem ninguém por perto? - eu me aproximei dele, abaixando o meu tom de voz. - Eu tenho andado um pouco sozinha, e estou adorando a sua compania, mas gostaria de um lugar mais privado.
Um sorriso nem um pouco inocente surgiu no rosto de Andrew. - Você é direta no que quer. Eu gosto disso.
-Que bom... Agora toma tudinho pra gente ir embora! - eu o insentivei cada vez mais ansiosa.
Ele riu se divertindo com a minha pressa. Ele tomou mais dois goles da sua bebida e já pude perceber seus olhos piscarem com mais lentidão. Deve estar fazendo efeito. Eu esperei com expectativa seus olhos se fecharem totalmente até apagar de vez. E não demorou muito para isso acontecer.
Andrew deitou sua cabeça sobre o encosto do sofá, já adormecido. O sacudi para confirmar se estava mesmo apagado, mas ele mal se mechia. É agora. Eu tenho que pensar rápido no que fazer. Olhei a minha volta para poder ter uma ideia do que fazer. Tenho que agir com rapidez. De aocordo com o Andrew, mais homens viriam pra cá a qualquer momento e tenho que sair com o Nick daqui o mais cedo possível.
Meu olhar foi até a saída da casa que dava para a varanda. O Jeff! Eu tenho que me livrar desse grandão antes de tudo. Peguei uma faca da minha mochila. Não era muito grande. Tinha apenas o tamanho suficiente para poder dar um bom ataque e conseguir esconder no cós do meu short. Caminhei até a varanda com uma expressão preocupante, como se eu estivesse desesperada.
-Ei. -eu chamei o grandão. Ele se virou para mim. - Acho que seu amigo está passando mal. Ele acabou de desmaiar na minha frente! - eu disse de um jeito inocente e preocupado.
-O que? Como? - ele perguntou perguntou preocupado andando para dentro da casa para analisar o seu amigo desmaiado. Dei espaço para ele passar por mim e ir em direção a um Andrew no sétimo sono.
No momento em que ele ficou de costas para mim, eu peguei a minha faca e fiquei o seu tronco corpulento. Ele gemeu de dor. Jeff tentou pegar a sua arma que estava escondida atrás da sua camisa, mas eu o interrompi, arrancando a arma para mim. Eu ainda acho melhor não usar nenhuma arma. Tiros são barulhentos e chamam atenção de todos a sua volta. Se eu atirar agora, estarei atraído a atenção dos outros homens que estavam na casa, inclusive daquele que está tomando conta do Nick. Se ele perceber que sua gangue está sendo atacada, muito provavelmente ele descontaria na sua vítima, o principal motivo disso tudo.
Meu coração se apertou em ansiedade ao me aproximar da porta de onde o Nick está com o mais um sequestrador. Eu abri a porta e a primeira coisa que vi foi ele amarrado numa cadeira me encarando desacreditado que eu realmente esteja aqui. Seus olhos castanhos me prenderam por alguns segundos até eu perceber que tinha alguém entre nós.
-Quem é você? - o homem perguntou já na defensiva, apoiando sua mão sobre a arma na altura do cós da sua calça. Pensa rápido, Miley. Pensa rápido!
- Eu sou a Evy, o chefe me mandou pra cá. Ele pediu para que eu leve o Jonas para outro lugar porque o Black Bull descobriu o nosso esconderijo. O Andrew não te avisou que eu vinha? - fala sério, sou ou não sou um gênio?
O homem um pouco confuso, parou para pensar em algo.
-Ele tinha me avisado sobre a visita, mas não me disse que era pra tirar o garoto daqui. - ele disse um pouco nervoso. - Eu sempre sou o ultimo a saber de tudo!
-Por que você não vai dar uma palavrinha com o Andrew? Talvez ele possa de te explicar melhor sobre o nosso esquema. - eu disse o passando confiança.
- É mesmo, e acho melhor eles me explicarem direito isso, porque eu ainda quero uma parte do dinheiro de resgate. - o homem protestou virando de costas para mim, indo em direção à sala. Antes que ele pudesse reagir a alguma coisa, eu corri até ele e o ataquei com a faca. Ele caiu ferido no chão gemendo de dor, mas teve força o suficiente para puxar a sua arma. Eu fui mais rápida e chutei o revolver da sua mão antes que pudesse puxar o gatilho. A arma deslizou pelo chão até o outro lado do quarto, ficando longe demais dele para conseguir alcançá-la. Eu o feri mais, até que ficasse desarcordado.
-Isso é pra deixar de ser covarde. - eu sussurrei para o homem caído a minha frente. Uma voz abafada por uma fita puxou de volta a minha atenção. - Nick!- eu exclamei em um misto de preocupação e alívio.
Corri até ele e arranquei a fita que cobria a sua boca, talvez eu tenha arrancado de um modo rude demais.
-Ai! - Nicholas reclamou da dor que aquela fita provocou na sua pele.
-Você está machucado? Eles fizeram alguma coisa com você? - eu ignorei o seu insignificante protesto, indo ao ponto.
Apesar de ainda estar um pouco surpreso com a minha presença, Nicholas me lançou um olhar de estranheza com as minhas perguntas. Ah, fala sério! Não sou uma psicopata que só quer ver a dor e o sofrimento das pessoas!
Mesmo assim, ele me respondeu:
-Não, nada demais. Eles me bateram um pouco, mas não aconteceu nada grave.
Eu caminhei até as suas mãos que estavam amarradas atrás da cadeira e comecei a desamarrar as cordas com urgência antes que mais caras apareçam por aqui.
-Não aconteceu nada de grave com você porque eu cheguei a tempo, né? Vai saber o que te esperava para mais tarde... Eles seriam capazes de qualquer coisa pra ganhar um dinheiro bem gordo para o resgate.
-Mas é claro que você é mais esperta e vai me tirar daqui para o dinheiro todo só ficar para você. - ele respondeu amargo. Eu respirei fundo, engolindo uma resposta que me coçou a língua para soltar. Esta, com toda a certeza, não era uma hora para uma discursão.
Eu terminei de desamarrá-lo da cadeira. Apenas seus pés ainda estavam presos aos pés do móvel, mas eu não me importei em ajudá-lo.
Nicholas Narrando
-Já que você está muito bem, acho que ainda é capaz de desamarrar seus próprios pés. Pelo menos é o que eu espero. - Miley disse. Pelo seu tom de voz, ela não gostou nem um pouco do modo que eu falei com ela. Dane-se, eu não disse nenhuma mentira.
No momento que eu soube que alguém que não seja da gangue estava nessa casa, eu não hesitei em tentar chamar a atenção de alguma forma. Que soubessem que algo estava errado. Mas aquele imbecil me interrompeu me agredindo e ameaçando matar eu e a pessoa do lado de fora. Pensei que teria, pelo menos, poucas chances de ser salvo. Eu confesso que tive medo. Eu sentia que se não desse nada certo para eles, eles me matariam. Até que apareceu alguém, algum sinalzinho de esperança para me tirar daqui. A última pessoa no mundo que eu imaginaria apareceu naquela porta, com aqueles olhos azuis tão intrigantes me encarando intensamente carregando um brilho diferente, que me fez perder a linha de raciocínio.
Que idiota que eu sou! Que outro motivo ela teria para me buscar aqui além daquele maldito golpe?
Acordei dos meus devaneios, me lembrando que devemos sair daqui logo. Miley foi até a mesinha onde estava o meu celular e a minah carteira e os recolheu, colocando dentro da sua mochila.
Me surpreendi com a presença de mais um deles. Eu estava tão distraído com as amarras em meus pés, que nem percebi a sua chegada. Nem mesmo a Miley tinha percebido.
-Miley! - eu gritei, chamando a sua atenção. Ela virou rapidamente em alerta, mas o homem já estava perto demais e a agarrou pelo pescoço.
-Quem te mandou para cá? Você é uma deles, não é? - o cara mais alto e obviamente mais forte do que ela, a levantou na sua altura, deixando só nas pontas dos pés. Ele perguntou com um tom de raiva e desprezo. "Uma deles"? Deles quem?
Eu me apressei em me soltar logo antes que ele a machucasse ainda mais.
-Deles quem? - a Miley fez a mesma pergunta do que eu. Sua voz estava falha, impossibilitada de respirar direito com aquelas mãos apertando seu pescoço. - E- eu só sou a namorada dele. - ela tentava puxar mais ar, mas o homem a sufocava impiedosamente.
-O que vocês querem aqui? - ele perguntou, ignorando a resposta da Miley. - Ele? - se referiu a mim. - O Jonas vale muito e não vou entregá-lo de bandeja desse jeito. Ele é nosso!
Eu finalmente consegui me soltar. Com a primeira coisa que me veio a cabeça, peguei a arma do chão e apontei em direção ao covarde a minha frente. Pelo desespero estampado nos olhos da Miley, não tinha muito tempo para pensar. Puxei o gatilho e atirei no cara que automaticamente a soltou antes que cair ferido... o talvez morto.
Miley caiu sentada no chão ainda tossindo com as mãos ao redor do seu pescoço.
-Você está bem? - eu perguntei indo em sua direção. Miley assentiu com a cabeça. Eu me agachei para ficar na sua altura. Mesmo sendo uma cena tão inédita pra mim, vê-la frágil diante daquele homem só me fez perder a cabeça. -Está doendo muito? - perguntei tocando com cuidado na pele com algumas marcas rosadas. Instantâneamente ela se arrepiou com o meu toque. Sentir a sua pele macia e o seu cheiro tão de perto, me dá vontade de jogar toda a minha sanidade para o espaço e agarrar a Miley aqui mesmo. Mas o instinto de sobrevivência e a minha razão ainda falam mais alto. Ela puxou profundamente o ar.
-Não. Só um pouco, mas vai passar logo. - Miley disse um pouco desconfortável com a nossa proximidade. - Vamos? Não temos o tempo todo. Eu já peguei as suas coisas. Estão todas dentro da minha mochila.
Nos levantamos quase ao mesmo tempo. Miley pegou a sua mochila que estava jogada no chão e se desviou dos dois homens caídos no quarto, para poder sair do cômodo. Fiz o mesmo.
-Ah, é... Obrigada. - ela se virou pra mim e puxou seus lábios em um pequeno sorriso.
-Eu só fiz isso porque eu preciso de você para sair daqui. - Eu sei, isso soa bem bipolar depois de me preocupar com o bem estar dela a uns segundos atrás. Mas não posso esquecer que apesar de tudo ela ainda é aquela Miley que acabou com a minha vida. Daqui a pouco tempo, ela estará de novo me humilhando e aprontando todas.
Seu discreto sorriso morreu, dando lugar a expressão mal humorada.
-Já não basta eu vir aqui sozinha - frisou- eu vou ter que aturar você me tratando desse jeito? - Miley questionou com as mãos sobre a cintura. - Pra que eu fui perder meu tempo vindo buscar você, hein? - ela fez mais outra pergunta retórica antes de dar as costas para mim e seguir para a saída da casa.
Eu também não entendo o porquê dela vir sozinha se arriscar do jeito que se arriscou para vir me resgatar. Mesmo o principal motivo é o golpe, nunca acharia que a Miley faria essa loucura de vir sozinha por minha causa. Alguém tão insignificante e imbecil aos olhos dela, não faria tanta diferença para a Miley. Para mim, o mais provável seria ela apenas torcer para que eu morra de uma vez e saia do seu caminho.
Miley parou seus passos bruscamente, me fazendo trombar nela por causa da minha breve distração.
-O que foi dessa vez? - eu perguntei impaciente.
-Eles chegaram! - ela disse olhando para o lado de fora. - Mais deles acabaram de chegar. A gente precisa se esconder!
Eu dei uma rápida olhada para fora e vi um carro que estava estacionando em frente a casa. Olhei ao meu redor e vi um outro quarto aberto. Nele também tinha móveis antigos , porém, maiores dos que estão no quarto onde eu estava. Então tive uma ideia. Puxei a Miley pela mão para o quarto adentro.
-Vem cá! - entramos no cômodo rapidemente.
Abri o armário vazio do cômodo. Lá tinha espaço suficiente para duas pessoas. Fiz um gesto para ela e não demorou muito para ela entender a minha ideia e logo entrou no armário. Fiz o mesmo e fechei as portas. Lá dentro estava um pouco escuro, mas um pouco de luz que entrava pela fresta das portas era o suficiente para enxergarmos lá dentro. Quando me toquei da minha real situação, eu tive que engolir em seco. Meu corpo estava colado no da Miley, que por sinal estava bem mal coberto por aquele short mínimo e a blusa bem decotada. A distancia entre os nossos rostos era quase mínimo. O seu perfume invadiu todo o pequeno espaço que estavamos. Meus braços a encurravam, me apoiando no fundo do armário atrás dela. Miley não se importava nem um pouco em continuar me fitando intensamente, aumentando ainda mais a temperatura do ambiente, ou talvez seja somente a minha temperatura. Parece até que tudo que me acontece é milimétricamente planejado para me enlouquecer. Eu não sabia bem se eu me concentrava em pensar em como nós vamos sair daqui ou se tento controlar o inevitável volume que começava a aparecer dentro das minhas calças.
-Onde estão aqules desgraçados? Aposto que aqueles capangas do Black Bull não estão muito longe daqui com aquele Nicholas. - uma voz soou do quarto em que estávamos. - O carro deles ainda está aqui, não conseguiriam ir embora daqui por perto sem ele.
-Vamos procurar lá fora. Talvez eles devem estar em uma daquelas casas abandonadas. - um outro homem falou.
-Eu juro que eu vou acabar com cada desgraçado que veio pra cá.
-Ainda bem que ele não falou sobre nenhuma desgraçada. - ela sussurrou em meu ouvido e soltou uma risada silenciosa. Quando me dei conta eu já tinha aberto um sorriso. Para que ela deveria ter um charme tão irresistível? Isso não é justo!
É está um pouco difícil pro Nick resistir! hahaha A Miley é bem maluca para se meter naquele lugar sozinha, né? Mas quem nunca faria uma loucura por amor? <3 Tá, parei! -q O que acham que vai acontecer? O que estão achando da história??
Não deixem de comentar, meus amores!!!!
Beijos!
Boa leitura!
O vento chicoteava meu rosto conforme eu dirigia em alta velocidade pela estrada quase deserta em direção a Riverside. Pode parecer loucura, mas eu achei melhor vir sozinha. Isso que isso pode comprometer um pouco a minha segurança, pelo menos não comprometerá o meu orgulho. Vou mostrar para o Steve que eu sou bem mais capaz do que ele pensa. Que eu consigo, sim, resolver as coisas sozinha. Peguei o carro do meu tio emprestado por um tempo, é claro, sem ele saber, e parti para a estrada.
Dei mais uma checada no GPS do celular. Estava cada vez mais perto. Mordi o lábio inferior em ansiedade. Tudo tem que dar certo. Formulei um plano para conseguir tirar o Nick de lá com o Joe antes de buscar o carro. Parece até inteligente, mas é um plano otimista demais. Bom, é melhor do que nada...
Ás vezes minha mente vai para outro lugar durante a viagem. Eu imaginava o que pode estar acontecendo agora com o Nick. Mas eu estou tentando ser positiva com todas as minhas forças. Ele está bem. Ele tem que estar bem. Pisei mais fundo no acelerador, fazendo acabar com essa distancia cada vez mais rápido, fazendo o barulho mais forte do vento e do motor ensurdercer as batidas gritantes do meu coração.
Alguns minutos depois, o GPS indicou que eu estava próxima do meu destino. Respirei fundo e desacelerei até achar uma casa simples localizada num quintal no meio daquela imersidão deserta. Até havia umas outras casas alguns metros mais distantes, mas estavam aparentemente abandonadas. Estacionei o carro ali por perto e sai do carro, carregando minha mochila que carregava duas armas minhas e alguns outros objetos uteis em caso de emergência.
Um homem vigiava a estrada da varanda da casa. Ele logo se levantou da cadeira ao perceber que eu caminhava aparentemente tranquila até ele. Era um homem alto e forte, lutar com um cara desses é pedir para morrer. Ainda bem que eu trouxe armas. Eu abri um simpatico e sedutor sorriso para ele.
-Boa tarde, você quer alguma coisa? - perugntou ele um pouco desconfiado.
-Eu estou morrendo de sede, será que você pode me dar um copo d'água? Aqui em California é tão calor! - eu me abanei com a mão.
-Eu posso saber o que está acontecendo aqui? - um homem mais baixo chegou até a soleira da porta de entrada. Ele me olhou de cima a baixo. Pelo visto ele gostou bastante do que estava exposto pelo pequeno short jeans e uma camisa de rock com um decote, de corte customizado por mim, bem generoso. - Quem é você?
-Meu nome é Evy. Eu estou fazendo um viagem bem longa já faz um tempo. Sabe, por o pé da estrada é muito bom, mas às vezes é um pouco exaustivo. Eu estou morrendo de sede e até agora não encontrei um posto de gasolina. - eu fiz a cara mais inocente possível.
Os dois se entre olharam como se estivessem confirmando as suas respostas. O grandão deu de ombros e o outro, o mais interessado, me lançou um sorrisinho.
-Por que não? Não é todo dia que a gente recebe alguma mulher tão linda aqui... - eu soltei uma breve risada.
- Obrigada!
-Só um instantinho. Vou avisar aos meus amigos que tem visita. - ele voltou para dentro da casa, me deixando sozinha novamente com o vigilante. Provavelmente o cara foi tentar disfarçar o sequestro do Nick lá dentro. Eu dei uma espiada da varanda e vi o homem entrar em um dos cômodos conversando com algumas pessoas. Logo depois, me toquei que o grandão ainda me encarava. Eu apenas puxei os meus lábios em um sorrisinho.
-Casa legal. - eu comentei. - Deve ser bem tranquilo por aqui...
-É mesmo. - ele respondeu.
-Vem cá, por que você estava aqui na varanda olhando pro nada? Você está de vigia? - eu perguntei como não quisesse nada. - Aqui tem muitos assaltos?
-De vez em quando. - ele respondeu secamente.
-Ah...
No momento, voltou o mais baixo com a expressão mais simpatica. Sério mesmo, esse cara estaria ferrado comigo se fosse da minha gangue e no meio do serviço dar mole para qualquer mulher que aparecesse. Esses homens... Tão faceis de serem manipulados. O que um shortinho e um simpatico sorriso não faz...
- Voltei. Pode entrar. - ele me deu passagem para adentrar a simples sala de estar. - O que você e o Jeff estavam conversando?
- Ele estava me falando que às vezes tem assaltos por aqui, por isso que ele fica lá fora.
-Pois é, esses bandidos de estrada são fogo! - ele disse. Bandido mulherengo pior ainda!
-Sabe, eu sei que é pergoso, mas sempre quis conhecer um bandido. Bandido mesmo, sabe? Acho que eu tenho uma queda por bad boys. - eu disse rindo.
-Ah é? - ele me lançou um olhar curioso, ao mesmo tempo um pouco interessado.
-Aham.
Nossa conversa foi interrrompida por barulhos estranhos vindos do cômodo que o mulherengo tinha entrado segundos antes. Grunhidos abafados de uma pessoa, aparentemente desesperada soava de lá. Ai meu Deus, é o Nick! Mas logo esses grunhidos foi interrompidos por um outro barulho e um gemido de dor. Ai merda. Vou acabar com o desgraçado que se atraveu a fazer isso com Nicholas.
-O que foi isso? - eu perguntei fingindo estar curiosa, mas eu já sabia muito bem do que se tratava.
-Erg... Meus amigos gostam de praticar luta livre. Por isso que entrei lá: pra avisar que tinha visita. Mas pelo jeito eles são bem teimosos. - ele lançou um olhar nada legal em direção a porta.
-Nossa que estranho. - eu falei.
-Senta aí. - ele apontou para o sofá. - Eu trago uma água pra você.
Eu assenti e me sentei no sofá. Deixei minha mochila prontamente ao meu lado, caso eu precise usar alguma coisa que está dentro dela. Olhei ao meu redor. Não havia ninguém na sala além de mim. Quantos caras devem ter aqui? Bom, a casa não é muito grande. Então imagino que tenha o Jeff, o "conquistador", mais um filho da puta que machucou o Nick... Será que ele está bem? Respirei fundo e olhei ao meu redor. Havia mais dois cômodos. Um eu imagino ser o banheiro e o outro um outro quarto, que pode ter a possibilidade de ter mais um lá dentro. Três homens e mais um ou dois possíveis bandidos lá que eu ainda não vi.
-Ah, a propósito, meu nome é Andrew. - ele voltou me acordando dos meus devaneios com o copo de água numa mão e uma garrafa de cerveja na outra. - Você vai querer também? - ele estendeu a garrafa, se referindo a cerveja.
-Não, por enquanto só a água mesmo. - eu disse com um sorriso de agradecimento.
-Então, você viaja sempre sozinha assim? - ele me perguntou me entregando o copo. - Sem companhia? - pronto, começou a sessão flerte. Ninguém merece...
Observei Andrew dar um gole na sua bebida e tive uma ideia. Eu bebi rapidamente a água, esvaziando o copo quase se imediato.
-Quer saber? Acho que vou querer uma cerveja também! - eu disse.
Ele olhou para o meu copo vazio e riu. - Tudo bem... É bom, que assim você fica mais discontraída. - ele piscou pra mim e deixou um sorriso escapar de seus lábios.
Andrew levantou do sofá e eu revirei os olhos. "Discontraída"... Tenho mais o que fazer! Quando ele entrou na cozinha carregando o meu copo de água, eu abri ligeiramente a minha mochila e tirei de lá um pacotinho. Despejei o pó que no pacote continha dentro da garrafa de cerveja do Andrew. Tapei o gargalo com o polegar e chaqualei um pouco para diluir mais rapidamente. Dexei a garrafa de volta no mesmo lugar antes que ele voltasse para sala. Quase dois segundos depois, Andrew volta com uma nova garrafa gelada na mão. Ele me entregou a cerveja e eu peguei a garrafa olhando diretamente nos olhos dele. Sempre é bom conquistar mais um pouco, só pra confirmar que tudo vai dar certo.
Ele se sentou ao meu lado no sofá novamente. Ouvi alguns barulhos vindos do cômodo em que o Nick estava. Ótimo, como se eu não estivesse mais aflita. Foco, Miley, foco! Ele deu de ombros um pouco sem graça e eu ri forçadamente.
- Pena que eu não posso sair daqui até meus outros amigos chegarem, senão eu te levaria para um lugar melhor. Eu conheço alguns comércios daqui a poucos quilômetros, a gente poderia conversar melhor por lá. - Calma aí, ele falou mais amigos? Ai caramba! Se eles chegarem antes de eu resgatar Nick, vai ficar difícil de dar conta de todo mundo.
-Amigos? Seus amigos vão demorar quanto tempo pra vir? - eu perguntei curiosa.
-Eu não sei, pode ser a qualquer momento. Eles falaram que viriam aqui de tarde. - ele respondeu dando um gole da sua cerveja.
-Então, que tal a gente terminar nossa cerveja logo pra gente se conhecer melhor em outro lugar... Sem ninguém por perto? - eu me aproximei dele, abaixando o meu tom de voz. - Eu tenho andado um pouco sozinha, e estou adorando a sua compania, mas gostaria de um lugar mais privado.
Um sorriso nem um pouco inocente surgiu no rosto de Andrew. - Você é direta no que quer. Eu gosto disso.
-Que bom... Agora toma tudinho pra gente ir embora! - eu o insentivei cada vez mais ansiosa.
Ele riu se divertindo com a minha pressa. Ele tomou mais dois goles da sua bebida e já pude perceber seus olhos piscarem com mais lentidão. Deve estar fazendo efeito. Eu esperei com expectativa seus olhos se fecharem totalmente até apagar de vez. E não demorou muito para isso acontecer.
Andrew deitou sua cabeça sobre o encosto do sofá, já adormecido. O sacudi para confirmar se estava mesmo apagado, mas ele mal se mechia. É agora. Eu tenho que pensar rápido no que fazer. Olhei a minha volta para poder ter uma ideia do que fazer. Tenho que agir com rapidez. De aocordo com o Andrew, mais homens viriam pra cá a qualquer momento e tenho que sair com o Nick daqui o mais cedo possível.
Meu olhar foi até a saída da casa que dava para a varanda. O Jeff! Eu tenho que me livrar desse grandão antes de tudo. Peguei uma faca da minha mochila. Não era muito grande. Tinha apenas o tamanho suficiente para poder dar um bom ataque e conseguir esconder no cós do meu short. Caminhei até a varanda com uma expressão preocupante, como se eu estivesse desesperada.
-Ei. -eu chamei o grandão. Ele se virou para mim. - Acho que seu amigo está passando mal. Ele acabou de desmaiar na minha frente! - eu disse de um jeito inocente e preocupado.
-O que? Como? - ele perguntou perguntou preocupado andando para dentro da casa para analisar o seu amigo desmaiado. Dei espaço para ele passar por mim e ir em direção a um Andrew no sétimo sono.
No momento em que ele ficou de costas para mim, eu peguei a minha faca e fiquei o seu tronco corpulento. Ele gemeu de dor. Jeff tentou pegar a sua arma que estava escondida atrás da sua camisa, mas eu o interrompi, arrancando a arma para mim. Eu ainda acho melhor não usar nenhuma arma. Tiros são barulhentos e chamam atenção de todos a sua volta. Se eu atirar agora, estarei atraído a atenção dos outros homens que estavam na casa, inclusive daquele que está tomando conta do Nick. Se ele perceber que sua gangue está sendo atacada, muito provavelmente ele descontaria na sua vítima, o principal motivo disso tudo.
Meu coração se apertou em ansiedade ao me aproximar da porta de onde o Nick está com o mais um sequestrador. Eu abri a porta e a primeira coisa que vi foi ele amarrado numa cadeira me encarando desacreditado que eu realmente esteja aqui. Seus olhos castanhos me prenderam por alguns segundos até eu perceber que tinha alguém entre nós.
-Quem é você? - o homem perguntou já na defensiva, apoiando sua mão sobre a arma na altura do cós da sua calça. Pensa rápido, Miley. Pensa rápido!
- Eu sou a Evy, o chefe me mandou pra cá. Ele pediu para que eu leve o Jonas para outro lugar porque o Black Bull descobriu o nosso esconderijo. O Andrew não te avisou que eu vinha? - fala sério, sou ou não sou um gênio?
O homem um pouco confuso, parou para pensar em algo.
-Ele tinha me avisado sobre a visita, mas não me disse que era pra tirar o garoto daqui. - ele disse um pouco nervoso. - Eu sempre sou o ultimo a saber de tudo!
-Por que você não vai dar uma palavrinha com o Andrew? Talvez ele possa de te explicar melhor sobre o nosso esquema. - eu disse o passando confiança.
- É mesmo, e acho melhor eles me explicarem direito isso, porque eu ainda quero uma parte do dinheiro de resgate. - o homem protestou virando de costas para mim, indo em direção à sala. Antes que ele pudesse reagir a alguma coisa, eu corri até ele e o ataquei com a faca. Ele caiu ferido no chão gemendo de dor, mas teve força o suficiente para puxar a sua arma. Eu fui mais rápida e chutei o revolver da sua mão antes que pudesse puxar o gatilho. A arma deslizou pelo chão até o outro lado do quarto, ficando longe demais dele para conseguir alcançá-la. Eu o feri mais, até que ficasse desarcordado.
-Isso é pra deixar de ser covarde. - eu sussurrei para o homem caído a minha frente. Uma voz abafada por uma fita puxou de volta a minha atenção. - Nick!- eu exclamei em um misto de preocupação e alívio.
Corri até ele e arranquei a fita que cobria a sua boca, talvez eu tenha arrancado de um modo rude demais.
-Ai! - Nicholas reclamou da dor que aquela fita provocou na sua pele.
-Você está machucado? Eles fizeram alguma coisa com você? - eu ignorei o seu insignificante protesto, indo ao ponto.
Apesar de ainda estar um pouco surpreso com a minha presença, Nicholas me lançou um olhar de estranheza com as minhas perguntas. Ah, fala sério! Não sou uma psicopata que só quer ver a dor e o sofrimento das pessoas!
Mesmo assim, ele me respondeu:
-Não, nada demais. Eles me bateram um pouco, mas não aconteceu nada grave.
Eu caminhei até as suas mãos que estavam amarradas atrás da cadeira e comecei a desamarrar as cordas com urgência antes que mais caras apareçam por aqui.
-Não aconteceu nada de grave com você porque eu cheguei a tempo, né? Vai saber o que te esperava para mais tarde... Eles seriam capazes de qualquer coisa pra ganhar um dinheiro bem gordo para o resgate.
-Mas é claro que você é mais esperta e vai me tirar daqui para o dinheiro todo só ficar para você. - ele respondeu amargo. Eu respirei fundo, engolindo uma resposta que me coçou a língua para soltar. Esta, com toda a certeza, não era uma hora para uma discursão.
Eu terminei de desamarrá-lo da cadeira. Apenas seus pés ainda estavam presos aos pés do móvel, mas eu não me importei em ajudá-lo.
Nicholas Narrando
-Já que você está muito bem, acho que ainda é capaz de desamarrar seus próprios pés. Pelo menos é o que eu espero. - Miley disse. Pelo seu tom de voz, ela não gostou nem um pouco do modo que eu falei com ela. Dane-se, eu não disse nenhuma mentira.
No momento que eu soube que alguém que não seja da gangue estava nessa casa, eu não hesitei em tentar chamar a atenção de alguma forma. Que soubessem que algo estava errado. Mas aquele imbecil me interrompeu me agredindo e ameaçando matar eu e a pessoa do lado de fora. Pensei que teria, pelo menos, poucas chances de ser salvo. Eu confesso que tive medo. Eu sentia que se não desse nada certo para eles, eles me matariam. Até que apareceu alguém, algum sinalzinho de esperança para me tirar daqui. A última pessoa no mundo que eu imaginaria apareceu naquela porta, com aqueles olhos azuis tão intrigantes me encarando intensamente carregando um brilho diferente, que me fez perder a linha de raciocínio.
Que idiota que eu sou! Que outro motivo ela teria para me buscar aqui além daquele maldito golpe?
Acordei dos meus devaneios, me lembrando que devemos sair daqui logo. Miley foi até a mesinha onde estava o meu celular e a minah carteira e os recolheu, colocando dentro da sua mochila.
Me surpreendi com a presença de mais um deles. Eu estava tão distraído com as amarras em meus pés, que nem percebi a sua chegada. Nem mesmo a Miley tinha percebido.
-Miley! - eu gritei, chamando a sua atenção. Ela virou rapidamente em alerta, mas o homem já estava perto demais e a agarrou pelo pescoço.
-Quem te mandou para cá? Você é uma deles, não é? - o cara mais alto e obviamente mais forte do que ela, a levantou na sua altura, deixando só nas pontas dos pés. Ele perguntou com um tom de raiva e desprezo. "Uma deles"? Deles quem?
Eu me apressei em me soltar logo antes que ele a machucasse ainda mais.
-Deles quem? - a Miley fez a mesma pergunta do que eu. Sua voz estava falha, impossibilitada de respirar direito com aquelas mãos apertando seu pescoço. - E- eu só sou a namorada dele. - ela tentava puxar mais ar, mas o homem a sufocava impiedosamente.
-O que vocês querem aqui? - ele perguntou, ignorando a resposta da Miley. - Ele? - se referiu a mim. - O Jonas vale muito e não vou entregá-lo de bandeja desse jeito. Ele é nosso!
Eu finalmente consegui me soltar. Com a primeira coisa que me veio a cabeça, peguei a arma do chão e apontei em direção ao covarde a minha frente. Pelo desespero estampado nos olhos da Miley, não tinha muito tempo para pensar. Puxei o gatilho e atirei no cara que automaticamente a soltou antes que cair ferido... o talvez morto.
Miley caiu sentada no chão ainda tossindo com as mãos ao redor do seu pescoço.
-Você está bem? - eu perguntei indo em sua direção. Miley assentiu com a cabeça. Eu me agachei para ficar na sua altura. Mesmo sendo uma cena tão inédita pra mim, vê-la frágil diante daquele homem só me fez perder a cabeça. -Está doendo muito? - perguntei tocando com cuidado na pele com algumas marcas rosadas. Instantâneamente ela se arrepiou com o meu toque. Sentir a sua pele macia e o seu cheiro tão de perto, me dá vontade de jogar toda a minha sanidade para o espaço e agarrar a Miley aqui mesmo. Mas o instinto de sobrevivência e a minha razão ainda falam mais alto. Ela puxou profundamente o ar.
-Não. Só um pouco, mas vai passar logo. - Miley disse um pouco desconfortável com a nossa proximidade. - Vamos? Não temos o tempo todo. Eu já peguei as suas coisas. Estão todas dentro da minha mochila.
Nos levantamos quase ao mesmo tempo. Miley pegou a sua mochila que estava jogada no chão e se desviou dos dois homens caídos no quarto, para poder sair do cômodo. Fiz o mesmo.
-Ah, é... Obrigada. - ela se virou pra mim e puxou seus lábios em um pequeno sorriso.
-Eu só fiz isso porque eu preciso de você para sair daqui. - Eu sei, isso soa bem bipolar depois de me preocupar com o bem estar dela a uns segundos atrás. Mas não posso esquecer que apesar de tudo ela ainda é aquela Miley que acabou com a minha vida. Daqui a pouco tempo, ela estará de novo me humilhando e aprontando todas.
Seu discreto sorriso morreu, dando lugar a expressão mal humorada.
-Já não basta eu vir aqui sozinha - frisou- eu vou ter que aturar você me tratando desse jeito? - Miley questionou com as mãos sobre a cintura. - Pra que eu fui perder meu tempo vindo buscar você, hein? - ela fez mais outra pergunta retórica antes de dar as costas para mim e seguir para a saída da casa.
Eu também não entendo o porquê dela vir sozinha se arriscar do jeito que se arriscou para vir me resgatar. Mesmo o principal motivo é o golpe, nunca acharia que a Miley faria essa loucura de vir sozinha por minha causa. Alguém tão insignificante e imbecil aos olhos dela, não faria tanta diferença para a Miley. Para mim, o mais provável seria ela apenas torcer para que eu morra de uma vez e saia do seu caminho.
Miley parou seus passos bruscamente, me fazendo trombar nela por causa da minha breve distração.
-O que foi dessa vez? - eu perguntei impaciente.
-Eles chegaram! - ela disse olhando para o lado de fora. - Mais deles acabaram de chegar. A gente precisa se esconder!
Eu dei uma rápida olhada para fora e vi um carro que estava estacionando em frente a casa. Olhei ao meu redor e vi um outro quarto aberto. Nele também tinha móveis antigos , porém, maiores dos que estão no quarto onde eu estava. Então tive uma ideia. Puxei a Miley pela mão para o quarto adentro.
-Vem cá! - entramos no cômodo rapidemente.
Abri o armário vazio do cômodo. Lá tinha espaço suficiente para duas pessoas. Fiz um gesto para ela e não demorou muito para ela entender a minha ideia e logo entrou no armário. Fiz o mesmo e fechei as portas. Lá dentro estava um pouco escuro, mas um pouco de luz que entrava pela fresta das portas era o suficiente para enxergarmos lá dentro. Quando me toquei da minha real situação, eu tive que engolir em seco. Meu corpo estava colado no da Miley, que por sinal estava bem mal coberto por aquele short mínimo e a blusa bem decotada. A distancia entre os nossos rostos era quase mínimo. O seu perfume invadiu todo o pequeno espaço que estavamos. Meus braços a encurravam, me apoiando no fundo do armário atrás dela. Miley não se importava nem um pouco em continuar me fitando intensamente, aumentando ainda mais a temperatura do ambiente, ou talvez seja somente a minha temperatura. Parece até que tudo que me acontece é milimétricamente planejado para me enlouquecer. Eu não sabia bem se eu me concentrava em pensar em como nós vamos sair daqui ou se tento controlar o inevitável volume que começava a aparecer dentro das minhas calças.
-Onde estão aqules desgraçados? Aposto que aqueles capangas do Black Bull não estão muito longe daqui com aquele Nicholas. - uma voz soou do quarto em que estávamos. - O carro deles ainda está aqui, não conseguiriam ir embora daqui por perto sem ele.
-Vamos procurar lá fora. Talvez eles devem estar em uma daquelas casas abandonadas. - um outro homem falou.
-Eu juro que eu vou acabar com cada desgraçado que veio pra cá.
-Ainda bem que ele não falou sobre nenhuma desgraçada. - ela sussurrou em meu ouvido e soltou uma risada silenciosa. Quando me dei conta eu já tinha aberto um sorriso. Para que ela deveria ter um charme tão irresistível? Isso não é justo!
É está um pouco difícil pro Nick resistir! hahaha A Miley é bem maluca para se meter naquele lugar sozinha, né? Mas quem nunca faria uma loucura por amor? <3 Tá, parei! -q O que acham que vai acontecer? O que estão achando da história??
Não deixem de comentar, meus amores!!!!
Beijos!
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