Genteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, valeu pelos dez comentários!! *-* Tomara que esse número continue crescendo! Isso me deixou tão animada! Bom, eu deveria estar estudando agora, mas eu não me aguentei kkkkkkk Nem eu estava mais aguentando a demora! Eu estava atolada de trabalhos e agora estou em época de provas, então isso explica um pouco o meu sumiço no blog nos últimos dias...
Ah! Eu já postei o primeiro capítulo da segunda temporada lá no meu outro blog! Eu estou escrevendo essa nova temporada com a Lívia, e acho que está ficando bem legal. Eu que acho o começo um pouco calmo demais rs, mas vai ficando melhor conforme a história vai desenrolando. Deem uma passadinha lá!
Espero que gostem desse novo capítulo. Eu coloquei essa música como trilha sonora porque eu acho a Florence uma diva e sempre quis colocar essa música maravilhosa aqui, então aproveitem! =D
Boa leitura
Beijos!
Trilha
Sonora: http://www.youtube.com/watch?v=zMBTvuUlm98
Never let me go – Florence + the machine
“Looking up from underneath
Fractured moonlight on the sea
Reflections still look the same to me
As before I went under
And it's peaceful in the deep
Cathedral where you cannot breathe
No need to pray, no need to speak
Now
I am under all
And it's breaking over me
A thousand miles onto the sea bed
I found the place to rest my head
Never let me go, never let me go
Never let me go, never let me go
And the arms of the ocean are carrying me
And all this devotion was rushing over me
And the crushes of heaven, for a sinner like me
But the arms of the ocean delivered me
Though the pressure's hard to take
It's the only way I can escape
It seems a heavy choice to make
But now I am under all
And it's breaking over me
A thousand miles onto the sea bed
I found the place to rest my head
Never let me go, never let me go
Never let me go, never let me go
And the arms of the ocean
are carrying me
And all this devotion was
rushing over me
And the crushes of heaven,
for a sinner like me
But the arms of the ocean
delivered me
And it's over
And I'm goin' under
But I'm not givin' up
I'm just givin' in
Oh, slipping underneath
Oh, so cold but so sweet
In the arms of the ocean,
so sweet and so cold
And all this devotion,
well, I never knew it all
And the crushes of heaven,
for a sinner released
But the arms of the ocean delivered me”
Nicholas
Narrando
Fiquei um pouco preocupado com o que
o Joe queria dizer sobre conversar a sós. Pelo tom da sua voz, aquilo também se
tratava da Miley. Logo depois de tê-la deixado em casa, eu não mais consegui
segurar a minha curiosidade e perguntei:
- O que você tanto queria conversar
comigo? – eu quebrei o silêncio, sem querer mais esperar. – É alguma coisa
grave?
- Eu preferia falar com você lá em
casa, mas pensando bem, lá não teríamos garantia de que ninguém irá ouvir. Então
eu vou falar logo, mesmo. – disse direcionando o olhar para mim brevemente antes
de voltar para a direção. - O xerife
Holmes foi morto aqui em Los Angeles. Enquanto vocês estavam na estrada, o
nosso pai recebeu a notícia.
-Eu sei que isso é um assunto sério,
mas por que você não quis que a Miley ouvisse? – eu perguntei.
-Porque eu desconfio que tenha um
dedo dela nisso. – meu irmão disse enquanto estacionava o carro para prestar
atenção em mim. – O dedo, não. Os braços inteiros.
Eu já sabia disso, é claro. Mas eu
não quero que o Joe se meta mais do que já se meteu. Não quero dizer que esteja
errado, mas não quero que a Miley seja prejudicada. Eu deveria me sentir
culpado por isso, mas não sentia. Eu estava disposto a dar mais uma chance a
ela de começar do zero tudo de novo.
-Isso é loucura, Joe! O xerife não
tem nada haver com o golpe dela.
- Isso faz sentido, sim! O xerife
era um policial. Você nunca pensou que ela poderia ter alguma pendência com ele
e sabia que ele era próximo da família? Miley é uma criminosa. Talvez ele já a
conhecia.
-Justamente por isso. Ele é um
policial. Já imaginou quantos outros criminosos moram em LA? Talvez até aqueles
caras que me sequestraram fizeram isso para não atrapalhar o sequestro e não
sobrar para eles, sei lá. A Miley e o Steve estão focados no dinheiro agora.
Nenhum deles faria uma loucura dessas a essa altura do campeonato. – eu respondi
como se fosse óbvio.
-Nicholas, acorda! – Joe aumentou o
tom de voz levantando as mãos. – Imagina se nós pudermos entregá-los para a
polícia os acusando de assassinato?! Eles seriam presos e descobertos por
outros crimes e nós nos livraríamos desse inferno. Só precisamos de provas. –
ele disse entusiasmado. – Com você entre eles, vai ser muito mais fácil. E se
não for verdade, dane-se. Incrimine aquela quadrilha de qualquer jeito!
- Joe, você não sabe do que eles são
capazes de fazer. Se eles descobrissem que nós estamos planejando
incriminá-los, nós estaríamos fritos. – eu avisei. Persuadir Joe é sempre muito
difícil. Se eu contasse que a Miley desistiu por mim, aposto que ele faria um
escândalo e falaria que eu estou sendo enganado de novo. Além de ser bem capaz
de piorar a situação.
-Eles vão nos foder de mesmo jeito!
Ou você acha que vão nos deixar em paz? Somos testemunhas. Temos oitenta por
cento de chances de morrer. Não temos muita coisa a perder.
O pior de tudo é que os argumentos
dele fazem muito sentido, se eu realmente estivesse contra a Miley. Não duvido
que esse plano desse certo. Isso me tirou do sério.
-CHEGA! – eu gritei. – Eu não quero
saber mais desse seu plano doido. Eu não vou te ajudar nisso. E sou capaz de
impedi-lo se você tentar. Não quero jogar vinte por cento de chances de
sobreviver no lixo, ok? Agora dá partida de uma vez. Eu quero ir para casa
logo.
Ao contrário às minhas expectativas
de me contrariar, Joe ligou o carro novamente com uma expressão de decepção.
- Eu sei que você não vai participar
disso só porque você não quer ver a Miley na cadeia. Você ainda ama aquela
vadia, não é? – ele disse em um tom de voz frio, mas seu rosto estampava a
decepção e a raiva.
-Eu não sei. Talvez seja isso mesmo.
– eu murmurei baixo antes que o carro desconfortavelmente seja tomado pelo
silêncio.
Como eu queria
continuar naquele hotel com ela. Naquele mundinho que criamos para esquecer
totalmente os problemas daqui. A realidade de Los Angeles mal voltou a minha
rotina e já começou a me esmagar de tensão. Espero ansioso para que isso acabe
de uma vez, de algum jeito, para que eu possa ficar com a Miley sem nenhuma
preocupação.
Miley Narrando
-Você pode me explicar como é que você conseguiu destruir o
meu carro?! – O meu tio berrou e eu revirei os olhos. Pronto, começou.
-Um “Nossa, Miley, eu fiquei muito preocupado com você. Está
tudo bem?” também seria uma boa, sabe? – eu respondi irônica. Não estava com
paciência para encará-lo agora. Eu só quero tomar um banho, trocar de roupa e
descansar.
Chad desceu as escadas, curioso com o que estava acontecendo
aqui, no andar de baixo. Digamos que o tom de voz do meu tio não é nada bom.
-Você só conseguiu fazer merda depois de merda. E tudo por
causa daquele Nicholas! – meu tio continuou o seu discurso. - Eu quero saber
quando é que você vai levar esse golpe a sério, pelo menos uma vez.
-Talvez eu nunca leve a sério. A resposta está boa para você?
– eu rebati. – E nem vem reclamando, não. Porque eu não fui atrás dele no meio
daquela estrada só para passear, não, tá? Olha só, discutir comigo não vai
trazer o seu carro de volta. Chega com essa palhaçada. – eu falei andando em
direção as escadas. – Eu vou descansar.
-Mais tarde eu quero que você desça para conversar sobre o
golpe. Precisamos agir logo, já que perdemos totalmente o foco depois que o
Nicholas foi sequestrado. – ele disse carregando desprezo na voz ao pronunciar
o nome do Nick.
-Tá, tá. Depois eu vejo isso. – respondi de qualquer jeito,
tentando me livrar do meu tio. Terminei de subir as escadas e o Chad subiu de
volta atrás de mim.
-Foi muito estranho saber que você sofreu um acidente de
carro. Você sempre foi sempre muito boa na direção. Aquele cara é tão irritante
ao ponto de te fazer cair no lago? – ele perguntou cruzando os braços. Ao
contrário do Steve, Chad não parecia bravo, e sim curioso. Ele carregava um
sorrisinho de divertimento no rosto.
-Com toda a certeza. – respondi, soltando uma breve risada ao
lembrar o quanto que ele me chateava durante a viagem.
-Apesar de ter sido quase um suicídio você ter ido para
aquele lugar sozinha, foi até impressionante como você conseguiu o queria. –
ele disse. – Tinham muitos caras por lá?
-No começo tinha um grupo pequeno, que foi bastante fácil de
lidar. Um pouco depois vieram mais caras e por pouco não conseguimos dar o fora.
– eu contei mais animada ao lembrar a nossa aventura juntos. – E se você visse
como o Nick atirava, você ficaria pasmo.
-Calma aí, você deixou o Nicholas usar uma arma? – Chad
perguntou surpreso, arregalando os seus olhos verdes. – Ok, agora eu posso
acreditar que você é suicida pra valer!
Abri a porta do meu quarto, e o chamei com um gesto de mão
para entrar junto comigo. Se continuássemos no corredor, Steve ouviria e se
meteria na conversa. E a minha paciência com ele já está no limite.
-Era preciso. Se eu tivesse me virando sozinha na hora de
fugir, já teríamos morrido há muito tempo. Aliás, eu nem cheguei a pensar na
possibilidade dele atirar em mim. – eu disse refletindo sobre isso. Nós
estávamos tão levados pelo momento, que eu nem tinha parado para pensar nisso.
Agora, com toda a certeza, eu sei que não havia chance nenhuma disso acontecer.
Continuamos a conversar durante um tempo. Eu contei sobre o
que passamos, tendo o cuidado de não contar nada relacionado ao meu romance com
o Nick. Uma hora o Chad também teria que saber, mas eu não achei que agora seja
um bom momento para falar isso para ele.
Eu ainda não me preparei para encarar as reações de todos depois de ser
revelado que eu não quero mais saber de golpe nenhum por causa do Nick. Isso é
tão novo para mim, tão inacreditável, que eu ainda não me adaptei às minhas
novas escolhas. Eu costumo ser um pouco imediatista, mas dessa vez, eu achei
melhor ir aos poucos. O grande choque da novidade é impactante até mesmo para
mim.
Três dias depois...
Peguei um taxi até a casa dos Jonas para me encontrar com o
Nick. Ele me mandou uma mensagem numa rede social, já que não temos nossos
celulares graças ao acidente, falando para me aprontar e encontrar com ele hoje
à tarde. Eu respondi que era melhor ir até a casa dele do que ele vier me
buscar, para o Steve não desconfiar. De acordo com ele, hoje teria um encontro
com os seus amigos para uma partida de baseball e seria uma boa para nos
distrair.
Eu ri comigo mesma. É a primeira vez que eu vou sair com os
amigos dele como namorada. Quer dizer, para nós dois só agora que é oficial.
Isso é um pouco esquisito, porque me sinto como uma garota inexperiente que vai
ao primeiro encontro com um cara. Por mais que eu tenha tido alguns lances por
aí, ele é o primeiro cara por quem eu me apaixono de verdade. Pela primeira
vez, eu tenho um relacionamento sério com alguém. Eu confesso que no fundo isso
me deixa um pouco nervosa porque eu odeio me sentir como uma garotinha sensível
e inexperiente, mas ao mesmo tempo fico entusiasmada. Tudo é novo, tudo é mais
intenso. Mas cá entre nós, tomara que eu não me torne uma daquelas namoradas
babonas que usam camisas escritas “I love my boyfriend”. Por favor, não quero
chegar a esse ponto!
Eu apertei a campainha apenas uma vez. Como sempre, o
eficiente John atendeu a porta antes mesmo de eu tocar mais uma vez. Ele me
cumprimentou, e eu cumprimentei de volta simpaticamente. De acordo com ele,
Nick estava no seu quarto a minha espera. Então eu subi até lá. Pelo trajeto
que fiz até o seu quarto, eu não encontrei ninguém além de empregados. Menos
mal. Eu não estava com muito calma para ter que aturar o Joe e muito menos para
ter que encarar Paul com aquele seu sorrisinho falso e sínico.
Abri a porta, sem nem mesmo me importar em batê-la. Nick
estava sentado no seu pufe, dedilhando a sua guitarra distraidamente, até eu
adentrar o seu quarto. Imediatamente, um sorriso encantador estampou o seu
rosto.
-A senhorita já ouviu falar em bater portas? – ele perguntou
bem humorado, enquanto levantava e colocava a guitarra de volta no lugar.
-Não. Por quê? Se assustou com a minha chegada, é? – eu disse
me aproximando. Joguei minha bolsa sobre a sua cama e apoiei meus braços sobre
os seus ombros, enquanto ele apoiava suas mãos sobre a minha cintura.
-Um pouco. Pensei que fosse um criminoso desses, sabe? Um
assassino querendo me matar ou um ladrão... – ele respondeu com uma cara sem
vergonha.
-Talvez eu seja, mesmo. – eu disse e nós rimos juntos.
-Você está linda. – ele comentou baixinho.
-É só uma roupa casual. – encostei minha testa na sua, me
perdendo nas combinações sem fim de tons de castanho dos seus olhos.
-Mas você continua linda. – Nick insistiu. Eu já deveria
estar acostumada com elogios como esse, mas vindo dele e com tanta apreciação,
eu com toda a certeza nunca conseguiria me acostumar.
O seu perfume marcante, cítrico e levemente amadeirado, fez
questão de me fazer respirar fundo mais uma vez para sentir esse cheiro tão
bom. Eu fechei os olhos e nós juntamos nossas bocas em um beijo. Não pudemos
demorar muito. Tínhamos que considerar a possibilidade de o Joe nos ver.
Até invocando esse cara pelo pensamento, ele aparece só para
me atormentar. Ouvi seus passos vindos do corredor. Eu empurrei levemente o
Nick, para ficarmos numa distancia menos suspeita. Ele logo sacou sobre o que
se tratava. Nós fomos descuidados em deixar a porta aberta. Ainda bem que
percebi com rapidez.
- O que você está fazendo aqui? – sua voz imponente soou da
porta atrás de mim. Eu me virei em sua direção carregando um olhar debochado e
desafiador.
-Todos nós sabemos que não é da sua conta. Então eu acho
melhor você recolher essas perguntas inúteis que estão na cara que eu não vou
responder. – respondi, como sempre, muito delicada.
-Você sabe muito bem para que ela veio, né Joe? – Nick
pronunciou com um tom de voz mais desanimado.
O irmão mais velho não falou mais nada. Apenas lançou um
olhar raivoso sobre mim e saiu a passos largos e pesados em direção à escada.
Tomara que esse aí volte a trabalhar logo em vez de me infernizar.
-Por pouco. – Nick comentou aliviado. – Que tal irmos logo?
Você e Joe juntos num mesmo ambiente não dá para suportar.
-Não sou eu, ok? Culpa do seu irmão.
-Tá bom. Tanto faz. – ele riu. – Agora vamos descer?
-Vamos.
Peguei minha bolsa, enquanto o Nick
se adiantava em já descer as escadas. Como de costume, ele estava uma perdição.
Vestia uma camisa xadrez com as mangas dobradas até o um pouco antes dos
cotovelos; uma calça jeans escura, quase preta, e um par de Vans azuis marinhos.
Ele nunca se importava muito com as suas roupas. Não é o cara mais estiloso do
mundo, mas sempre carregava um charme a mais. Talvez nem seja por causa das
roupas. Qualquer coisa deve cair bem com aquele corpo. Não apressei muito os
meus passos para aproveitar mais um pouco da minha visão privilegiada daquele
bumbum durinho e redondo se mexer enquanto Nick descia as escadas. Quando
chegou ao primeiro andar, ele virou para trás, procurando por mim. Eu sorri
para ele acelerando os meus passos, para alcançá-lo. Mas em poucos segundos o
meu sorriso morreu quando os meus olhos alcançaram o resto da sala.
Ele estava por lá, sentado no
luxuoso sofá lendo alguma matéria sobre Bolsa de Valores no seu jornal,
provavelmente. Eu tinha esquecido completamente que o Paul também morava nessa
casa, infelizmente. Só porque eu amo o Nick e porque eu não quero mais fazer golpe
nenhum, não quer dizer que eu tenha esquecido os motivos para que eu me meti em
tanta confusão. Paul notou a minha presença e abriu um sorrisinho sínico e me
cumprimentou com um aceno de cabeça.
- Boa tarde, Miley. Aproveitou bem a
viagem com o Nick? – ele perguntou educadamente. Como era falso!
-Sim. – foi tudo o que eu consegui
responder. Eu até tentei me esforçar em sorrir de volta, mas eu não consegui.
Se não havia nem mais o golpe como motivo para ganhar sua simpatia, para que eu
teria que forçar a barra desse jeito? Acho que Paul percebeu que eu não estava
confortável para conversas e não deu continuação ao pequeno diálogo. Era
impressionante como só de olhar para aquele homem, o meu coração se apertava de
rancor.
Senti os dedos de Nick entrelaçar os
meus, me passando conforto. Eu voltei meu olhar para ele. Seus olhos me
transmitiam a preocupação que sentia. Tive que suspirar, rendida. O meu ódio
havia ressuscitado intenso quando reencontrei com o Paul agora. Como um rápido
flashback, tudo o que ele tinha feito me veio à memória. Confesso que me deu
vontade de dar continuidade a tudo que eu tinha começado. Até o Nicholas fazer
esse gesto, me lembrando de exatamente o porquê de que eu abri mão dessa
vingança.
-Nós vamos sair. Não temos hora para
voltar. – Nick disse de modo imparcial para o pai.
-Tudo bem. Juízo! – ele disse já
entretido novamente com o seu jornal.
Em silêncio, caminhamos até a garagem, onde os dois carros do
Nick estavam guardados. Não havia ninguém por lá, então o meu namorado quebrou
a quietude entre nós.
-Você está inquieta. Quer falar
alguma coisa sobre isso? – ele perguntou cruzando os braços. Seus olhos me
fitavam com intensidade.
Na verdade, eu quero. Acho que na
nossa situação, eu deveria deixar as coisas bem claras para ele. Eu soltei o ar
com força e falei:
-Só porque eu te disse que desisti
do golpe por você, não quer dizer que eu tenha me tornado uma boa pessoa. Eu
fiz tantas coisas erradas, Nick... – eu balancei a cabeça enquanto eu falava. –
Elas não podem mais ser desfeitas. Em alguns casos, eu tenho que admitir, que eu
nem me arrependi. – lembrei-me do caso do xerife Holmes. Provavelmente, ele vai
entender sobre o que eu queria dizer. Eu levantei meu olhar, que antes estava
distante, para de volta ao Nick. – Eu só não quero que você tenha um idealismo
de uma pessoa boa e perfeita para depois ter um terrível arrependimento. Eu te
amo muito, mas eu não sou perfeita. Nunca vou ser.
- Eu sempre soube disso, Miles. –
ele respondeu sério. – Eu também não sou perfeito. Ninguém é. O resto da minha
família então... – eu soltei uma pequena risada. – Miley eu amei você até mesmo quando você me
esnobava e me humilhava. Você acha que eu vou me arrepender de ficar com você
logo agora?
-Não é isso que eu quero dizer. Eu
estou me referindo à outra coisa.
-Eu sei o que você quis dizer. Eu
não tenho nenhuma falsa ilusão sobre você. Eu gosto de você do jeito que é. Mas
a parte da decepção, só depende dos seus atos, não só sobre o que eu espero de
você. – ele tinha razão. Se ele me aceita do jeito que sou, só eu que seria
responsável de dar motivos de decepcioná-lo.
-Você está certo. – eu disse mais
aliviada e suspirei, jogando esse ar melancólico para fora. – Agora vamos
esquecer essa conversa dramática porque a gente tem uma partida de baseball
para ir! – eu falei e Nick abriu um sorriso, tão animado como eu.
-É assim que se fala! – ele disse me
dando um beijo rápido nos lábios.
Nick escolheu o seu carro vermelho e
deu partida ao caminho do encontro. A partida de baseball na verdade, era num
clube muito conhecido em Los Angeles, principalmente pelos jovens.
Chegando lá, Nicholas estacionou o
carro no estacionamento. Até mesmo dali, dava para perceber que o clube era bem
grande. Ele tirou da mala o seu taco e o boné do seu time favorito, que logo
foi colocado em sua cabeça virado ao contrário.
Fomos para o campo de baseball. Ouvia-se
de lá um rádio alto tocando os hits do momento. Tinha um grupo de jovens
sentados na arquibancada conversando animadamente e outros apenas se aquecendo
para a partida, arremessando a bola para o outro. Entre eles estava o Brian, o
melhor amigo do Nick, que percebeu rapidamente a nossa chegada. Ele abriu um
sorriso e veio até nós. Eu soltei uma risada quando o Brian cumprimentou o seu
amigo de um jeito engraçado, como se fosse um cumprimento só deles. Já ouvi
falar que eles são grudados desde pequenos. Mesmo sendo bastante amigo do
Brian, Nick preferiu não abrir o jogo para ele sobre o que estava acontecendo.
Ele achava que não seria bom envolver Brian numa situação tão complicada. E eu
concordo. Quanto menos pessoas envolvidas, melhor. Já basta o Joe que me odeia
mais do que tudo, não quero que o seu melhor amigo se revolte contra mim,
também. Acordei para a realidade quando o moreno de olhos verdes me deu um
abraço.
-Então, eu estou sabendo que vocês
fugiram de casa por um tempo, é verdade? – ele perguntou cruzando os braços.
-Nossa, a notícia chega rápido,
hein! – eu comentei. – Mas não fugimos exatamente.
-Nós apenas fomos viajar um pouco.
Sempre quis botar o pé na estrada uma vez e nunca tive a chance. Então eu e
Miles apenas passeamos um pouco por aí. – Nick deu continuação. – Agora essa
ideia de fugir de casa, eu não faço ideia de onde o pessoal tirou isso.
-Acho que foi por causa do seu irmão.
– Brian tentou explicar. – Alguns de nós sabíamos que você não estava se dando
muito bem com o seu pai ultimamente e pensamos que você tinha fugido.
-Não, não é nada disso. – Nick
respondeu.
-Então vocês foram sozinhos, né? –
ele perguntou com um sorrisinho malicioso. – Já até imagino como foi essa tal
viagem.
-Brian! – eu chamei sua atenção,
tentando não rir.
Nick não se conteve e riu. – Não me
diga que essa notícia também se espalhou? – brincou.
-Não, é só lógica. – Brian deu de
ombros. – Mas me disseram que o Sr. Cyrus ficou uma fera com você. – disse ele,
se referindo a mim. – E disseram também que vocês sofreram um acidente de
carro, mas eu não acreditei.
Ok... Acho que devemos ter mais
cuidado com a rapidez que essas notícias se espalham.
- Hum... Nós sofremos um acidente,
mesmo. Mas não nos ferimos. Só o carro do meu pai que caiu no lago, e por causa
disso ele está irado comigo. – eu me expliquei. Bom, do jeito que as pessoas
estão sabendo, não faria mal confirmar mesmo.
Não acho que vá comprometer alguma coisa sobre o nosso segredo.
-Nossa, que roubada, hein!
-Não se preocupe, daqui a pouco ele
esquece! Aposto que ele deve ter feito coisas bem piores quando mais novo. – eu
falei e o Brian concordou comigo com um sorriso e um aceno de cabeça.
Steve
Narrando
Eu estranhei a ausência da Miley
logo no horário de almoço. O que essa garota deve estar aprontando agora? Só
espero que ela esteja com os Jonas para conseguir se resolver logo. Não aguento
mais esperar por esse golpe. Nunca fomos tão cautelosos quanto estamos sendo em
relação à agora, mas com razão. Estamos na terra dos malditos agentes secretos
que descobrem tudo. Além do mais, quanto mais poderosa for a vítima, mais
investigações e mais barreiras terão para nós. Mas não quero mais esperar.
Quero ver a cara daquele infeliz do Paul quando descobrir quem realmente somos
e que conseguimos tomar o que tudo o que era para ser nosso.
Falando nele, uma notícia sobre a
sua empresa acabou de passar na televisão. Segundo especialistas, o seu negócio
está crescendo cada vez mais e está previsto que ano que vem, os seus lucros
serão o dobro. É Jonas... É melhor aproveitar o seu pouco tempo de glória,
porque logo logo você pagará pelo que fez. E garanto que pagará muito caro por
isso.
Acordei com o meu diálogo imaginário,
quando o Chad adentrou a casa. A Miley não estava com ele.
-Chad, você sabe para onde a Miley
foi? Ela tem uma péssima mania de sair para resolver as coisas e não me avisa
nada. – eu disse curioso.
-Ela saiu logo depois do almoço.
Acho que ela foi para a casa dos Jonas, mas não tenho ideia do que ela foi
fazer lá. – ele respondeu despreocupado. Menos mal, pelo menos eu sei que ela
não foi se meter em encrenca. Pelo menos, espero que não.
- Pelo menos ela está onde deve, vigiando
o inimigo de perto. – eu falei me acomodando mais no sofá.
- Steve, você percebeu que o
Nicholas não está mais tão “inimigo” assim? – ele comentou se sentando ao meu
lado. Como assim?
-Não, eu nem estou entendendo o que
você quis dizer. – eu respondi confuso.
-Bom, ele não está mais tão
relutante em estar com a Miley por perto. Acho que ele está aceitando mais o
golpe. – eu franzi o cenho ao ouvir tal observação.
-Será? – desconfiei.
-Só pode ser! Ele vive brigado com o
pai. Acho que ele está mais conformado agora. – não... Nada é tão perfeito
assim.
-Bom, eu acho isso muito pouco
provável. Ele não é do tipo que participaria de um crime numa boa. Será que
esse cara ainda gosta da Miley? – eu disse. Sempre desconfiei daqueles olhares
dele sobre a minha sobrinha.
Chad deu de ombros. – Eu não faço
ideia. Mas eu vou te contar uma coisa e espero que não fique irritado. – lá
vem! – Eu contei a verdade para ele naquele dia da morte do xerife. – ele falou
rápido, hesitante com a minha reação.
-Como é que é?! – eu berrei
desacreditado. – Como você fala uma coisa dessas para um Jonas? Um Jonas! Você
enlouqueceu? Se a Miley descobrir sobre isso, ela nunca mais vai te perdoar!
-Ele estava enchendo a paciência de
todo mundo, inclusive dela. E aliás, eu acho que ele deveria mesmo saber de
tudo para saber que o pai dele não é a vítima dessa história, não. Por isso que
eu acho que o Nicholas está mais “aliado” de nós. – ele se explicou convicto.
Será que esse doido não tem noção da merda que fez?!
-Claro que não! Talvez até ele
esteja com raiva do Paul, mas isso não quer dizer que ele vá se aliar a nós.
Imagina quando esse cara cismar de jogar tudo na cara da Miley? Nós dois
sabemos como isso ainda a atinge. Fala sério! Ele pode até parecer bonzinho,
mas ele nunca vai querer abrir mão daquele dinheiro todo só por causa do
passado podre do pai. – eu levantei do sofá, agitado.
Droga! Agora que ele sabe de tudo,
eu tenho que adiantar esse golpe o mais rápido possível. Se aquele animal do
Nicholas contar tudo para o pai no calor do momento, o nosso plano irá descer
pelo ralo abaixo. Mas eu tenho que ter cuidado. A Miley não pode saber disso de
jeito nenhum! O segredo só será finalmente revelado quando o nosso golpe chegar
ao fim, quando ela quiser.
Miley Narrando
-É para acertar a bolinha com o
taco, ok? – Nick me provocou em tom debochado. Ouvi alguns dos seus amigos que
estava em seu time rirem.
-Eu só não vou acertar na sua cara,
porque você é bonito demais para isso. – eu respondi semicerrando os olhos.
-Tá bom, amorzinho. Eu vou até jogar fraquinho para você
conseguir pelo menos encostar. Aí você não fica tristinha, né? – ele piscou o
olho para mim com um sorrisinho torto. Eu mandei um dedo do meio para ele, que
em resposta riu.
Eu me posicionei pronta para deixar o meu namorado no
chinelo. Ele fez o mesmo antes de arremessar a bola para mim. A pequena bola
voou para a minha direção com rapidez, e com toda a minha força eu a rebati com
o taco para bem longe. Não perdi tempo. Larguei o pesado taco no chão e me
apressei em correr. Isso é para o Nick parar de ficar se achando, falando que
eu não conseguiria vencê-lo.
Nem prestei atenção para onde a
bolinha voou, mas pelo que eu saiba ainda não buscaram. Continuei correndo ao
redor do campo, até voltar para onde eu parti. Eu estava ofegante, mas não
muito desconfortável, pois eu já estava acostumada a correr quando eu me metia
em roubadas, mas isso não era necessário ser lembrado agora.
O pessoal do meu time comemorou. Eu
tinha chegado a tempo e todo o time do Nicholas estava com uma cara de taxo. Eu
andei confiante até o Nick com um sorriso vitorioso no rosto.
-Se engasgou com a poeira,
amorzinho? – eu usei o mesmo apelido quando ele tirou sarro de mim e ouvi o
resto do meu time vibrar com a minha provocação.
-O jogo ainda não terminou. É melhor
não comemorar agora, não. – ele respondeu se aproximando de mim e me deu um
beijo. – E se você continuar com aquele bumbum empinado toda vez que for
rebater, eu não vou conseguir me concentrar até o final. – ele sussurrou, com o
rosto quase colado com o meu. – Isso é covardia.
-Esse é o objetivo. – eu sussurrei
de volta. – E vê se não baba, tá? – eu soltei uma baixa risada junto com ele.
-Vou tentar. – ele disse fingindo limpar
o seu queixo.
Horas depois...
As ondas batiam na costa com
suavidade, provocando uma melodia relaxante aos meus ouvidos. Já tinha
anoitecido há um bom tempo. A brisa carregada de maresia era fraca, mas o
suficiente para refrescar. Eu e Nick viemos para cá para conversar e passar o
tempo. Vai chegar um momento que Steve e Joe vão ter que saber sobre nós. E com
toda a certeza eles não só reagiriam mal como farão de tudo para nos impedir. Então
nós temos passado o máximo de tempo juntos que pudemos. Sem ninguém saber, é
claro. Nicholas não chegou admitir isso, mas no fundo nós sabemos que vai ser
uma grande dificuldade que teremos que passar se quisermos continuar juntos.
-Eu sempre quis ter uma casa na
praia. – comentou Nick imerso em seus pensamentos. Ele estava deitado na areia
e a sua cabeça estava apoiada em meu colo, enquanto eu brincava com os seus
cachos macios. – Acho que é o melhor lugar para se viver. Sei lá, eu sempre tive
um fascínio por praias, elas me relaxam.
-Dá para perceber o quanto você
gosta. – eu disse baixando a cabeça, olhando para sua direção. – Sem dúvida um
dia você vai ter. – nós já estávamos conversando há muito tempo sobre qualquer
tipo de assunto. Nenhum de nós estava com vontade de voltar para casa.
-Com o meu próprio dinheiro. – ele
completou firme. – Não quero ter que depender do dinheiro do meu pai pelo resto
da vida.
- Eu não estava falando sobre o
dinheiro do Paul. Eu sei o quanto você quer ser independente. – eu respondi. –
Você é um cara dedicado. Vai conseguir um emprego fora da empresa Jonas.
-Tomara. – ele disse olhando para
mim. A luz da lua refletia em seus olhos escuros. – E você?
-Eu o que? – fui pega de surpresa
com a sua pergunta.
-Como você se imagina no futuro? –
ele perguntou curioso, se sentando e ficando na altura do meu rosto.
O que eu poderia responder? Passei
tantos anos me dedicando ao mundo dos golpes que nem tinha parado para pensar o
que eu faria no futuro. Não tinha certeza nem se sobreviveria poucos dias e a
qualquer momento eu poderia ser presa. Então como que eu me imaginaria num
futuro idealizado?
-Eu não faço ideia. – eu balancei a
cabeça. – Eu só quero ficar com você e me livrar desse peso do passado sobre os
meus ombros.
Ele apoiou a sua mão do outro lado
do meu corpo, se aproximando cada vez de mim. O meu coração pulou em meu peito.
Seus olhos enfrentando os meus, me encarando com intensidade.
-A gente vai continuar juntos. Eu
faria qualquer loucura para ficar com você. – ele disse quase roçando os seus
lábios nos meus.
Suspirei, imersa demais numa
sensação tão boa quanto agora. Eu realmente não sei o que será de nós dois daqui
para frente, mas me agarrar nas promessas de Nick para um final esperançoso é a
melhor alternativa. Com uma das mãos, eu o puxei pela nuca e fechei os olhos,
esperando sentir seus lábios nos meus tão sedentos. Minha língua foi ao
encontro da sua, para experimentar novamente o gosto da sua boca.
Chad
Narrando
Acabei de trocar de roupa para
finalmente tentar dormir. Eu estava tão entretido vendo um filme após o outro,
que eu nem tinha percebido o tempo passar. Já era de madrugada e até agora a
Miley não chegou. Steve já estava dormindo. Segundo ele, tinha que resolver
algumas coisas na cidade logo pela manhã. Eu tinha terminado agora mesmo de
tomar banho e não tinha percebido nenhuma movimentação pela casa, para pelo
menos eu saber que a Miley estava de volta. Eu só espero que não esteja
aprontando por aí. Steve já está nervoso o suficiente com ela depois daquele
resgate do Nicholas.
Apaguei a luz e me joguei na cama,
tentando relaxar, mas logo eu ouvi do lado de fora o ronco baixo de motor.
Levantei da cama na mesma hora e fui até a janela para espiar quem estava em
frente à casa. Era um dos carros do Nicholas. Estranho. O que ele está fazendo
aqui em frente há essa hora?
Então, eu avistei duas pessoas
saltando do carro. O motorista era mesmo o Jonas. A sua companhia que tinha
acabo de sair do automóvel era a Miley. Então ela estava esse tempo todo com o
Nick? Eles conversavam alguma coisa que não conseguia escutar, pois falavam
muito baixo. Acho que justamente para ninguém da casa ouvir. Eu não acreditei
muito no que tinha acabado de ver. O Nicholas estava sorrindo abertamente para
a Miley, que retribuiu o sorriso. Ele se aproximou cada vez mais dela e apoiou
as mãos sobre a sua cintura. Uma aproximação intima e carinhosa. Agora sim eu
fiquei inquieto. Não é possível que a Miley vá o deixar ficar com tanta
intimidade desse jeito! E, aliás, por
que o Nicholas está desse jeito com ela? Ele não a odiava tanto? Não acredito
que ele virou amiguinho dela só porque ela o salvou daqueles caras. E o pior,
onde é que a Miley está com a cabeça para dar tanta confiança? E para fechar a
noite com chave de ouro e quase me fazer me jogar daquela janela de vez, vi a
Miley juntando a sua boca com a dele. Isso mesmo. UM BEIJO! Mas que merda que
está acontecendo?!
Acho que alguém não foi muito discreto, né? rs
Gente, é com muito orgulho ( e alívio) falar isso para vocês. Estamos perto da reta final! Acho que vão ter uns cinco ou quatro capítulos para terminar a primeira temporada de Thief of Hearts *-* Então, por favor, não deixem de comentar!!! Sério, os comentários de vocês me animam muito para escrever.
Espero que tenham gostado!
Beijos
Acho que alguém não foi muito discreto, né? rs
Gente, é com muito orgulho ( e alívio) falar isso para vocês. Estamos perto da reta final! Acho que vão ter uns cinco ou quatro capítulos para terminar a primeira temporada de Thief of Hearts *-* Então, por favor, não deixem de comentar!!! Sério, os comentários de vocês me animam muito para escrever.
Espero que tenham gostado!
Beijos