terça-feira, 17 de setembro de 2013

Capítulo 32 - This is the end

Oi  gente!!! Tudo bem com vocês? Já postei mais um capítulo! Estamos quase no finalzinho da primeira temporada, então por favor, não deixem de comentar! Vamos lá né, gente? Espero que gostem do capítulo 32!!!
Boa leitura!
obs: Eu não conseguir colocar cor nas letras hoje, porque o blogger está de palhaçada comigo. ¬_¬ Caprichem nos comentários!!!!
Beijos


Steve Narrando


            Ansiosamente eu esperava do lado de fora do banco o Nicholas sair e finalmente confirmar o desvio do dinheiro para a minha conta. O banco aceitou a manipulação da conta pelo herdeiro de Paul, obviamente graças à autorização do próprio empresário. O Jonas mais novo, ainda se resolvia lá dentro com um dos funcionários do renomado banco. Sim, é claro que o forcei.

            O chamei pelo telefone para uma conversa pessoalmente sobre a Miley. Especulando que a própria Miley tenha me contado, o Nicholas veio até mim para uma conversa pacífica. Mas o que ele não imaginava é que eu não estava nem um pouquinho interessado numa conversa sobre o namoro dos dois. Porque não haveria mais namoro nenhum. Eu sei que ele deu um de espertinho, e quis usar um papo que a amava para a Miles cair e acreditar, como uma imbecil, para desistir do golpe. Fala sério, era obvio que ele não a amava! Ele faz parte daquela linhagem podre dos Jonas. O Nicholas, como todo homem, tem o seu orgulho. A Miley o traiu com o próprio irmão e ainda o usou para dar um golpe no seu próprio pai. Não era de se imaginar que teria o seu próprio plano para dar o troco à minha sobrinha.

            Mas eu não me esqueci do porque que eu estou aqui em Los Angeles. Minha paciência está se esgotando, então nada melhor do que resolver dois problemas de uma vez só. O ameacei com uma arma e o avisando que só uma ligação poderia levar meus capangas para fazer um grande estrago naquela família. Portanto, ele teve que fazer o que eu quero.

            De dentro do carro, avistei o próprio Nick sair do banco com um comprovante nas mãos. O seu semblante carregava raiva enquanto se aproximava no carro. Saí do automóvel para conversar frente a frente com ele. Peguei o comprovante das suas mãos. E ali estava a confirmação que todo o dinheiro foi desviado para a minha conta. Eu abri um sorriso satisfeito.

            -E então? É só isso que você queria? – ele me perguntou seco.

            -Era. Pelo menos você serviu para alguma coisa. – eu disse guardando o papel em meu bolso.

            -Onde a Miley está? – ele perguntou autoritário. Esse garoto está se achando demais.

            -Está em casa. Ela está fazendo o trabalho dela de desviar o dinheiro da conta bancária que o seu pai tem no exterior. Ela tem que fazer isso por telefone. É muito mais complicado do que você imagina. – eu sei que eu estou mentindo, mas eu não estava muito a fim de dar esperanças para ele.

            -É mentira! Ela desistiu do golpe. Ela mesma me contou. Onde que a Miley está? Se você fez alguma coisa com ela eu acabo com você! – o pentelho do Nick se inflou de poder.

            -A segurança da sua família ainda está em minhas mãos. Então é melhor você diminuir essa sua marra senão vai se arrepender amargamente por isso. E sobre a Miley, você tem que deixar de ser idiota! Que mal que eu faria para minha sobrinha? Eu nunca culparia por estar apaixonada por você. Mas a questão é que ela não está. – Seu semblante mudou. A raiva que ele tinha de mim, foi substituído talvez por... decepção. - Ela só fez isso para te distrair um pouco e perder o foco dos nossos planos. E realmente deu certo. Agora cala essa sua boca e entra no carro. - eu abri a porta de trás do carro para ele entrar logo.

            Nicholas hesitou em entrar no carro novamente. Provavelmente estava desconfiado com o que eu faria em seguida, mas eu o empurrei carro adentro antes que comece com alguma palhaçada. Se ele estava com alguma suspeita sobre mim, ele estava certo. Não iria simplesmente roubar todo o dinheiro e levar a Miley embora. Ela é teimosa, nunca iria se o que a interessava estiver aqui. Ela precisa esquecê-lo por bem ou por mal. Mas eu sei que com ela sempre tudo é mais complicado.

            Entrei novamente no carro e me sentei sobre o banco de motorista. Liguei o motor, já com tudo planejado na cabeça.

            -Nós estamos indo para onde? – perguntou o Jonas, curioso.

            -Para a sua casa, ou você acha que eu vou dar mole em deixar alguma testemunha? – respondi.

            Pelo retrovisor, avistei Nicholas reagir, tentando se levantar do banco para fazer alguma coisa, mas o Richard, que estava ao seu lado, apontou a sua arma para ele. No mesmo instante em que viu a pistola apostos, Nick se aquietou e se sentou novamente sobre o banco.

            -Você ainda vai se dar muito mal! Nós temos um sistema de segurança naquela casa. Se os seguranças não te impedirem, a polícia vai ser chamada. – ele respondeu ainda revoltado.

            -Eu sei que têm. E é por isso que fizemos amizade com um dos seguranças. Na verdade, o principal. Eu não preciso me preocupar com isso.  

Miley Narrando


            Não dava mais tempo para pensar em alguma solução lógica, acho que nem se eu tivesse tempo eu conseguiria raciocinar carregando tanto nervosismo. Eu só conseguia pensar nele. Será que Nick está bem? O que ele deve estar pensando de mim agora se eu não fui capaz de impedir o meu tio de finalizar o golpe? Ele deve estar me odiando agora mesmo.

 Corri para a garagem e me dei conta que não havia carro nenhum. É obvio. O antigo foi destruído no acidente. Se houver um novo com toda certeza está com o Steve. E agora? O que eu faço? Chamar um taxi está fora de cogitação. Não tenho como ficar esperando alguém me buscar. Bom, acho que vou ter apelar para a sorte. Corri para fora de casa, a trancando apressadamente. Andei com rapidez pelo quarteirão, até eu me deparar com um homem saindo da sua casa e destravando o alarme do seu automóvel. Aumentei o ritmo dos meus passos, até chegar ao homem que me encarava desentendido.

            -Eu sei que pode parecer estranho, mas eu tenho uma urgência e preciso pegar o seu carro emprestado. – eu falei rapidamente, confundindo ainda mais o cara a minha frente.

            -Olha só, eu preciso ir para uma reunião importantíssima com o meu cliente agora, eu não vou te emprestar o meu carro. Eu nem te conheço, sua louca! – ele respondeu grosseiramente. Ok, eu também agiria da mesma forma. Quem seria o retardado que emprestaria o carro para um estranho?

            -Eu não posso perder muito tempo, então será que você pode entregar essas chaves, logo? – eu insisti impaciente.

            -Não! – ele respondeu com um tom de voz como se fosse uma coisa óbvia.

            Eu nunca agiria desse jeito se não fosse uma emergência. Não tenho muita coisa a perder agora, então eu não preciso me preocupar com o disfarce de boa menina. Eu puxei o revolver que se encontrava no cós da minha calça e o apontei para o coitado. Os seus olhos quase saltaram do seu rosto quando avistaram a minha arma.

            -Agora dá para me dar a porra do seu carro ou eu vou ter que disparar um tiro para conseguir alguma coisa? – eu aumentei o meu tom de voz, o deixando cada vez acuado. Assustado com a ameaça, o homem me entregou as chaves sem nem mesmo parar para pensar.

            Eu abri a porta do carro prateado, enquanto o engomadinho me encarava paralisado ainda na calçada. Guardei o meu revolver 838 no porta-luvas, para não ser visível para as pessoas da rua. Liguei o motor e dei uma partida tão rápida que os pneus cantaram sobre o asfalto. Não fazia ideia em qual velocidade eu me encontrava. Eu nem queria prestar atenção nesses detalhes, diante da minha preocupação. Eu já fiz outros golpes com o Steve. Quando era preciso, matávamos quem quer que fosse. Não tínhamos muita hesitação ou misericórdia ao fazê-lo. Nada poderia ficar no caminho do nosso objetivo. E se o meu tio realmente tiver descoberto sobre mim e o Nick, com toda a certeza, o Nicholas já virou mais do que uma pedra no seu caminho.

            Ultrapassei todos os sinais vermelhos. Desviei de alguns carros lentos e obstáculos importantes que para mim, nesse momento, eram inúteis. Tentei não pensar no pior. Eu estava numa tentativa inútil de acalmar o meu coração acelerado e ao mesmo tempo pesado. Eu não só teria que encarar o Nick, mas o Paul. Como ele me veria se descobrisse o que realmente sou? Já me fiz tantas vezes essa pergunta... Eu sempre me imaginava numa posição gloriosa, finalmente me vingando de tudo o que aconteceu em Nashville. Mas agora mais nada disso importa.

            Cheguei finalmente à imensa mansão dos Jonas. Não havia nenhum segurança nos portões. Senti um calafrio na coluna. Nenhum segurança apostos. A casa estava vulnerável. Parei o carro e me dei o trabalho de tentar abrir. Não precisei de nenhum esforço, pois os portões estavam encostados. Entrei o carro e os fechei novamente. Deixei o automóvel roubado ali mesmo, apenas me preocupando em buscar o meu revolver. Corri pelo caminho de pedras que tinha ao redor de um chafariz. Eu costumava ver essa casa elegante e triunfante, mas agora carregava um ar fantasmagórico esmagador. Lá no fundo, eu sabia que aconteceriam coisas nada boas nesse lugar. Subi as poucas escadas da entrada até abrir a porta que estava encostada e me deparar com dois caras da nossa quadrilha. Os vários empregados da família estavam agrupados como reféns. Provavelmente para se certificarem que nenhum deles chamaria socorro. Os capangas se assustaram com a minha chegada de supetão. Não imaginariam que chegaria alguém há essa hora, pois toda a família já se encontrava dentro da casa.

            -O que você está fazendo aí? – Kyle perguntou desconfiado. – Eu pensei que o Steve não quisesse que você soubesse disso.

            -Não, ele não tinha me chamado porque eu estava resolvendo outros problemas com o Chad. Sabe como é, sobre a nossa fuga. – eu juro que não acreditei que aquilo saiu da minha boca. Eu nem sei como eu consegui preparar uma desculpa tão boa. – Ele me disse que me ligaria quando chegasse aqui. Vocês sabem que eu não posso perder esse espetáculo, né?

            Ele e o Richard pareceram um pouco confusos, mas logo caíram na minha conversa. Kyle concordou com a cabeça e respondeu com um sorrisinho de lado.

            -Então é melhor se apressar. Toda a família Jonas está reunida lá em cima. Acho que eles estão no quarto do Paul.

            Eu assenti e desandei a subir rapidamente pelos degraus da enorme escada de mármore. O ar parecia cada vez mais rarefeito, fazendo quase implorar por mais oxigênio. E eu sabia que não era por causa do esforço físico. Me localizei facilmente pelo corredor e fui até a porta fechada do único cômodo que eu não tinha entrado naquela casa. Girei a maçaneta e abri a porta. Lá estavam eles. O Nick sendo contido pelo Tony, que o segurava pelos braços por trás de seu corpo. Joe, Paul e Christine estavam sentados sobre a cama e não estavam paralisados por ninguém. Nem tinha necessidade, pois estavam em choque graças à visão do meu tio com uma arma na mão. A loira soluçava baixinho, assustada demais com a sua situação.

            Steve dizia alguma coisa quando eu o interrompi, adentrando o cômodo. A tensão naquele quarto era quase tocável. Nick parou de lutar contra os braços do Tony e me encarou surpreso e ao mesmo tempo triste.

            -Tio Steve... – minha voz saiu falha.

            -O que você está fazendo aqui? – ele perguntou irritado. – Quem foi o infeliz que te contou que eu estava aqui?

            -Eu sabia que ela tinha se recusado a isso. – Nick comentou. – Miley, com ele não há mais acordo nenhum. – ele disse com uma voz de lamento. Eu sabia o que ele queria dizer. Mas eu tentei ignorar essa frase. Eu vou dar algum jeito. Pensa rápido, Miley. Pensa rápido!

            -Agora não importa, Steve. Eu vim aqui para terminar logo com isso. – eu direcionei meu olhar para o Paul. Ele me encarava com tanta surpresa que chegava a estar horrorizado.

            -Miley, você é mesmo a garota...? – ele perguntou para mim.

            -Sou eu mesma. – confirmei tentando parecer fria, mas as emoções pareciam borbulhar em meu sangue. – Feliz pela surpresa? – perguntei irônica.

            Pelo visto, Steve já deve ter contado uma boa parte da história para eles. O fazendo se envergonhar da frente da própria família e jogando na sua cara com prazer sobre a sua vingança.

            -Miley, precisamos ter uma conversa muito séria. – Steve começou a falar com uma ira carregada em sua voz.

            -Eu sei, mas antes eu quero que ele saia. – apontei para o Tony. – Ele não tem nada haver com isso e não quero que intrometa no nosso assunto.

            -Mas eu só estou aqui para segurar o Nicholas que ta resistindo desde que chegamos aqui. – o capanga se justificou.

            -Eu não quero saber. Isso não é assunto seu. Além do mais, ele vai ficar quieto, não vai? – olhei para o Nick com um olhar cumplice, e ele assentiu.

            -Tudo bem, pode ir. Por que você não fica lá embaixo para ajudar os outros? Nisso ela tem razão. Isso aqui é assunto nosso. –meu tio disse ainda um pouco nervoso.

            O Tony cedeu com um suspiro depois da permissão do meu tio. Os braços do Nick foram soltos e logo o nosso parceiro de crime tinha saído do cômodo. O meu tio se virou para mim com um olhar acusador.

            -Então? Você vai tentar me impedir de terminar o golpe? Você pode até querer, mas não vai conseguir. Eu também tenho interesse nisso. – Steve começou com o seu discurso. – Você não pode desfazer tudo isso por causa dele. – Steve apontou para o Nick. – Ele é um Jonas, Miley!

            Eu sabia que todos da família nos encaravam perplexos com o começo da nossa discursão. Mas eu não deixaria que essa briga dar continuação.

            -Eu sei. – eu disse simplesmente. – É por isso que eu estou aqui. Eu vim finalizar o golpe com você. Eu simplesmente não posso controlar o que eu sinto pelo Nick. Mas eu descobri que a honra do meu pai pesa muito mais. – eu disse com lágrimas ameaçando cair dos meus olhos. – Eu quero, sim, que o Paul pague por isso.

            Desacreditando nas minhas palavras, meu tio perguntou. – Se você voltou atrás mesmo, e quer se vingar do Paul, você sabe muito bem o que eu quero fazer agora para atingi-lo, né?

            -Não! Faça qualquer coisa, Steve, mas não coloquem os meus filhos nessa história. Eles não faziam ideia do que eu fazia, eles não têm culpa de nada. Por favor, pode levar todo o meu dinheiro, pode me sequestrar, qualquer coisa, mas não machuque meus filhos! – Paul pronunciou desesperado e pela primeira vez na vida, vejo lágrimas ameaçarem cair dos seus olhos e o seu poder e seu ego finalmente contidos por nossa causa. Eu deveria ficar feliz, não é? Era o que eu sempre quis ver. Paul implorando por piedade. Mas tudo o que fez foi alargar o buraco em meu peito.

            Steve ignorou o pedido do nosso antigo inimigo com um sorriso sarcástico. –Você nos arrancou o meu irmão mais velho sem nem mesmo nos dar uma chance de nos despedir, então por que nós deveríamos te dar uma chance? – eu senti minha mão gelada e o meu rosto esquentar.

            Tentei não olhar para o os olhos inquietantes de Nick que pairavam sobre mim. Eu desabaria se eu os encarasse agora.

            -Nem você, Miley? – ouvi a voz repugnante de Paul me chamar pelo nome.

            -Não. – respondi cortante. – Se você quisesse justiça, você não teria feito o que fez.

            -Então você está mesmo de acordo com o que eu estou prestes a fazer? – perguntou o Steve desconfiado. Encarei os seus olhos azuis quase idênticos aos meus. Era a única saída. Eu assenti como resposta. Não, eu não estou. Sinto muito, tio Steve.

            -Desde que eu faça isso. Eu que quis dar esse golpe desde o começo, então eu vou termina-lo.

            -E seu amor pelo Nicholas? – sussurrou o meu tio para mim.

            -Eu preciso arrancá-lo de mim antes que eu me arrependa. O ódio por essa família ainda é maior. – respondi no mesmo tom. – Mas para isso eu mesma tenho que fazer com as minhas próprias mãos. Só desse jeito eu vou esquecê-lo e só não vai passar de mais uma vítima. Eu prometo.

            Steve me fitou um pouco hesitante, mas logo cedeu quando percebeu a minha persistência.

            -Se for assim... – ele deu espaço para mim.

            Meus dedos gelados alcançaram o revolver que estava no cós da minha calça. Eu juro que conseguia ouvir as batidas fortes do meu coração.  Na verdade, era a única coisa que eu conseguia ouvir. Meu olhar se levantou e foi forçado a se direcionar ao seu. Os pontos brilhantes cor de ébano me fitavam de uma forma que eu não conseguia explicar. Ele estava completamente confuso com a minha escolha. As batidas aceleravam conforme passavam os segundos. Levantei a arma para a direção do Nick. Todos me fitavam horrorizados, implorando para que eu não fizesse isso, com a exceção de Steve, é claro.

            Eu só tenho uma escolha a fazer e estou decidida no que quero. Deixei cair uma lágrima solitária. Eu não queria que as coisas chegassem do jeito que chegou. Mas já que estou aqui, tenho que fazer o que acho que é o melhor. Movimentei o meu braço estendido para o outro lado rapidamente. Antes mesmo de pensar em mais alguma coisa, puxei o gatilho. Um grito agudo de Christine tomou conta do ambiente quando o tiro foi disparado. Com um nó na garganta, encarei Steve jogado no chão. Era ele ou Nick. Eu nem cheguei a raciocinar antes de decidir.

            Olhei por mais um tempo o corpo estirado no chão. Meus olhos começaram a marejar. Não, eu não estou arrependida. Se eu não fizesse isso, sem dúvida o meu tio faria um estrago bem maior. Mas era o tio Steve! Desviei a minha atenção para o Paul que ainda estava perplexo com o que acabou de ver. Ele percebeu logo de cara o meu olhar sobre ele.

            -Feliz? – eu perguntei com um sorriso sarcástico, mas a minha voz saiu cheia de magoa. – Parabéns, você conseguiu criar um monstro! – eu vociferei. – Se eu sou capaz de matar alguém com tanta facilidade, isso é graças a você! – eu aumentei meu tom de voz. Tentei engolir um soluço de choro.

            -Eu só queria aquela empresa. Eu nunca tive a intenção de fazer o que fiz. Mas as circunstâncias me forçaram a isso. – ele justificou. Como esse homem me dá nojo.

            -Então a vida de alguém vale uma empresa? A sanidade e a felicidade de alguém vale uma merda de empresa? – eu perguntei, ou melhor, gritei mais do que indignada com a sua desculpa. –Pelo menos agora você sentiu só uma prévia do que senti. Tirar a vida de alguém que você ama por causa de dinheiro é... – mais lágrimas correram pelas minhas bochechas.  – é inconsolável.

            E o pior de tudo é que eu tive a capacidade de fazer coisas desse tipo com outras famílias. Mas eu não ligava. Para mim era tudo por um objeto maior. Que, na verdade, não me levariam a nada.

            Não aguentando mais ficar naquele ambiente sufocante, guardei a arma de volta no cós da calça e atravessei o enorme quarto e fui até a varanda, para conseguir colocar a cabeça no lugar, para conseguir pensar no que vou fazer a partir de agora e para amenizar a onda de sentimentos que me atingiu. Me apoiei sobre o parapeito da varanda. Respirei fundo o ar do lado de fora da casa, tentando segurar a vontade chorar. Foi o melhor a fazer, tentei convencer a mim mesma. E essa afirmação foi confirmada quando senti braços reconfortantes ao redor do meu corpo. Era como se os meus ombros fossem libertos de um peso insuportável só com aquele toque. Soltei um suspiro aliviado. Me virei de frente para o Nick e me aconcheguei no seu abraço.

            O calor do seu corpo me acalmou um pouco. Era bom saber que eu tinha alguém para me apoiar. Senti um beijo seu no topo da minha cabeça.

            -Obrigado. – ele sussurrou. – Você esqueceu totalmente aquela vingança para salvar a minha família por mim. Eu sempre vou ser grato por isso.

            -Acho que mais nada a partir de agora vai sair conforme os nossos planos. – eu disse me afastando um pouco para olhar nos seus olhos. – Eu tenho que ir embora hoje mesmo. Eu não posso ficar nessa cidade depois de tudo o que aconteceu. – eu falei decidida.

            -Eu vou com você. – ele respondeu na mesma hora, acariciando a minha bochecha.

            -Nick, mas você tem a sua faculdade. Eu não posso atrapalhar toda a sua vida só para você me acompanhar... – a minha frase foi interrompida quando ouvi sirenes altas de polícia. Avistei dali mesmo, os meus parceiros de crime entrarem num carro correndo e o partindo na maior velocidade possível. O portão foi aberto à força pelo veículo rápido. Nick me puxou pela mão de volta para o quarto. Era tudo tão rápido que não havia nenhuma ideia para poder escapar dessa nova situação. Depois de dar poucos passos, eu parei e puxei novamente a mão do Nicholas. Ele me encarou confuso.

            -Miley, a polícia está chegando! Vem, eu vou te ajudar a escapar. – ele dizia rapidamente.

            -Não dá mais tempo. – eu respondi o óbvio. –Se escapássemos agora, antes mesmo de atravessar aqueles portões, os policiais nos pegariam. Eu não quero que te você se envolva nisso.

            -Mas Miles... – Nick insistiu, porém parou com a sua tentativa de me convencer, quando avistou as viaturas entrarem na propriedade da majestosa mansão.

           

terça-feira, 10 de setembro de 2013

CLIPE DE WRECKING BALL!!!!

Gente, lançou ontem o clipe de Wrecking Ball. Vocês viram? *-* Eu sei, ela polemizou para caramba lá toda peladona e lambendo o martelo kkkkk Mas por mais que esteja causando por aí, tudo do clipe é metafórico e puramente artístico. (pena que muita gente não consegue ver desse jeito).  E povo, ela CHOROU! Cara, quando eu vi ela chorando e se batendo eu juro que desmoronei por dentro que nem aquelas paredes do clipe. </3 Cara, eu queria demais ver a reação do Nick assistindo esse clipe. Porque preimeiro, é pra ele e segundo que a Miley está toda lindona sensualizando num clipe que é sobre ele! kkkkkkkk O coitado deve estar tendo um infarto! Sambando mais do que nunca, a Mailen conseguiu quebrar o recorde mais uma vez da Vevo graças a nós, smilers :D Eu já perdi a conta de quantas vezes já botei esse vídeo para rodar! hahaha Para quem não viu e quer morrer junto comigo assistindo o clipe, aqui está:




obs: Gente, eu estou achando que o ultimo capítulo está com poucos comentários comparando com os outros. Poxa gente, não deixa de comentar, não. :(

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Capítulo 31 - The coup



Notas só no final do capítulo :) 
Boa leitura!

Miley Narrando


            Eu me certifiquei mais uma vez se não havia alguma luz acesa. Tudo mundo devia estar dormindo. Eu saí do carro, com o cuidado de não bater a porta muito forte. Quando eu me toquei, o Nick já havia saído do carro também. Ele abriu um sorriso para mim que eu retribuí sem nem mesmo pensar.

            -Eu não falei que ninguém perceberia? – ele disse baixo se aproximando de mim aos poucos.

            -Nós tivemos sorte, só isso. Na próxima vez eu volto de taxi, não é obrigação sua me trazer. – eu respondi no mesmo tom de voz. Suas mãos pousaram sobre a minha cintura, quando a nossa distancia se tornou mínima. – A gente precisa ter mais cuidado.

            -Eu sei. Eu tinha esquecido que o nosso namoro é secreto por um momento... Essa vai ser a ultima vez. Bom, antes deles ficarem sabendo, né? – ele continuou falando baixo, deixando a sua voz um pouco rouca e atraente.  O seu olhar carinhoso o deixava ainda mais irresistível. Agora eu sei como alguém que você ama pode o manipular com tanta facilidade. Eu tenho como lembrete reaprender a ser mais durona.

            -É claro, porque terão muitas outras vezes. – sussurrei num tom ainda mais baixo quando me aproximei de seu rosto e para logo em seguida beijá-lo. Nunca me senti tão dominada por um sentimento quanto agora. Nem mesmo pelo ódio ou tristeza que o Paul me causou. O buraco dentro do meu peito estava finalmente sendo preenchido por uma sensação que eu nunca imaginei que fosse tão boa. Que na verdade, nunca imaginei sentir desse jeito.

            Ainda de olhos fechados, afastei sua boca da minha e comecei a trilhar selinhos pela sua bochecha, até chegar ao seu pescoço. O abracei com os meus dois braços antes de mais alguns carinhosos beijos.  Abri os olhos, lembrando que o lugar não era nada adequado para namorar. Nick colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Seus lábios formaram um sorrisinho torto.

            -Boa noite. – ele disse.

            -Boa noite. – respondi, me desfazendo do nosso abraço e dando alguns passos cegos para trás para depois me virar e andar até a porta.

Ouvi o seu carro dar partida e ir embora, ainda tentando abrir a porta silenciosamente. Quando a fechei atrás de mim, vi toda a casa quieta e apagada, reforçando a minha especulação que todos estavam dormindo.

Subi lentamente as escadas, para não chamar atenção de ninguém. Mas foi em vão. Meu coração quase saiu pela boca quando dei de cara com o Chad me encarando em pé no corredor. Ele acendeu a luz do ambiente, deixando que eu visse com mais clareza a sua carranca. Comecei a pensar em alguma desculpa do porque que tinha chegado tão tarde. Bom, acho que vou falar que eu e Nick fomos resolver um problema do acesso da sua conta bancária e depois fomos tentar procurar alguma pista de noite no escritório do seu pai. Pronto, não seria tão difícil de acreditar!

-Foi mal não ter avisado... – eu comecei a falar, mas ele me interrompeu.

-O que você tem com o Nicholas? – ele perguntou com a voz firme e alta demais. A sua pergunta me fez ficar ainda mais em alerta.

-Sh... – eu coloquei meu indicador sobre os lábios. – Vem aqui para o meu quarto. A gente pode conversar melhor aqui. – eu abri o meu quarto e o dei passagem. O meu amigo entrou no cômodo em passos largos e seu rosto ainda estava contraído em nervosismo. Eu fechei a porta para me certificar que ninguém ouviria a nossa conversa.

-Agora você quer que o Steve não ouça, né? – ele ironizou com os braços cruzados. – Então, pode me explicar que porra de beijo foi aquele que eu acabei de ver? É por isso que você e ele estavam se comportando tão estranho. Vem cá, essa palhaçada começou desde quando?

-Calma, ok? – eu pronunciei, já perdendo a paciência com o seu turbilhão de perguntas e acusações. – Aquele beijo... Eu não posso mais negar. Aquilo foi sincero. Eu e Nick estamos namorando escondidos faz pouco tempo. Desde a viagem.

-E que merda você tem na cabeça em namorar aquele cara agora? Você esqueceu que ele ainda é nossa vítima?

-Eu me apaixonei por ele! – eu retruquei. – Eu sei que isso é estranho demais, mas eu estou amando o Nicholas. E não existe vítima nenhuma se não houver golpe.

Chad franziu o espaço entre as sobrancelhas, com uma expressão desacreditada. – Como é que é?

-É isso mesmo. – eu confirmei. – Eu desisti do golpe. Eu não quero mais. Já conversei sobre isso com o Nick. Não quero mais vê-lo sofrer por minha causa. – eu falei tudo de uma vez, jogando a novidade chocante sobre o meu amigo.

-Meu Deus, Miley acorda! Será que você não percebe que ele está usando a mesma estratégia que você usou contra ele para conseguir o que queria? Primeiro ele te fez desistir do golpe e depois vai colocar todos nós na cadeia! – ele andava agitado de um lado para o outro, me deixando cada vez mais ansiosa. – Cadê aquela Miley determinada que eu conheço? Por acaso você se esqueceu de tudo o que passou para estar aqui? Você lembra quantas vezes nós nos arriscamos em outros crimes só para um dia você conseguir dar um golpe no cara que arruinou a sua vida? E esse cara é o pai do Nicholas! – ele se segurou para não gritar. Chad estava irado.

-Eu sei, eu sei! Mas eu fui a mais afetada disso. Eu que quis fazer tudo isso. Então eu tenho o direito de cancelar o golpe, porque não acho mais que vale a pena.

-Diga isso para o seu tio. Quero ver se ele vai aceitar.

-Alguma hora eu vou falar. Eu só estou esperando o momento certo, ok? Ele vai ter que cancelar o golpe do mesmo jeito, porque ele só está fazendo isso por minha causa.

-E por causa do seu pai, também. – Chad completou, me corrigindo.

-Dane-se! Meu pai nunca iria se orgulhar de uma filha que fizesse tudo o que fiz. Ele nunca quis que eu agisse de maneira tão fria como eu agi por anos. Depois de tanto tempo, eu só consegui ver isso agora. – eu despejei as palavras sobre ele. – Pelo menos o Nick me fez acordar para realidade, Chad. A vingança contra o Paul nunca vai trazer meu pai de volta. 

Calado, Chad ficou me fitando intrigado por alguns segundos. Acho que finalmente ele conseguiu entender o que eu sentia, mas não aceitava isso.

-Isso é loucura. – ele disse balançando a cabeça. – Você deve saber que por mais que você queira sair disso, o crime nunca vai sair de você. Você roubou, enganou e matou pessoas e é impossível voltar atrás. Se você acha que só porque está apaixonada pelo Nicholas, e ele apaixonado por você, o mundo lá fora vai ser um mar de rosas, você está muito enganada.

-Você está certo, eu sei o que me espera. Mas eu quero me sentir feliz pelo menos uma vez na minha vida depois que fui embora do Tennessee. – eu insisti. – Eu preciso que você guarde esse segredo até eu achar um momento certo para contar para o Steve.

-Miley, você extrapolou demais! – ele continuou com o seu sermão. – Como você vai ficar depois disso tudo? – Chad bufou, vencido. – Ok, eu vou guardar segredo só porque você pode se arrepender, se livrar desse namoro a tempo ou coisa do tipo.

Eu suspirei aliviada, abrindo um sorriso logo depois. Sabia que pude contar com ele!

-Obrigada, Chad! – agradeci o abraçando. – Fica tranquilo que não vai sobrar para você, tá bom?

-Tá... – ele respondeu meio seco, não querendo dar muito o braço a torcer. – Isso não quer dizer que estou apoiando vocês dois, não hein!


Steve Narrando


Acordei com uma conversa vinda do corredor, que sinceramente, mais parecia uma discursão. Achei melhor procurar saber do que está acontecendo. Provavelmente isso tem a ver com a demora da Miley para chegar. Já é preocupante demorar demais na rua na situação em que nos encontramos, imagina sem celular! Essa desmiolada tem que ter uma excelente explicação para isso.

No momento em que saí do meu quarto, vi que ninguém mais se encontrava no corredor. Mas quando me concentrei, deu muito bem para ouvir as mesma vozes vindas do quarto da Miley.

-E que merda você tem na cabeça em namorar aquele cara agora? Você esqueceu que ele ainda é a nossa vítima? – reconheci a voz de Chad se exaltar.

Inicialmente, as suas palavras pareciam irreais, para mim, que nem acreditei direito, porém conforme eu fui escutando essa conversa mais do que absurda, a minha ficha foi caindo. Uma raiva quase descontrolável tomou conta do meu peito. Mas como eu disse, quase descontrolável. Reprimi a vontade de me interferir naquela conversa e dizer que vamos fazer o golpe, sim, e ponto final! Desde quando aquele infeliz do Nicholas vai atrapalhar meus planos? Nem manipulando a minha própria sobrinha, irá passar por cima de mim.

Voltei para o meu quarto antes que alguém me percebesse ali. Eu não posso fazer um escândalo com a Miley. Eu tenho que resolver não só o meu, como o nosso problema. Preciso cortar o mal pela raiz.

No dia seguinte...

Miley Narrando

Suspirei um pouco sonolenta, enquanto os meus olhos se acostumavam com a luz do sol que invadia a janela e irradiava por todo o quarto. Dei uma checada no relógio. Acordei bem tarde. Pela hora que cheguei ontem à noite, nada melhor do que dormir até meio dia. Eu deveria ter acordado relaxada, mas a primeira coisa que pensei foi arrumar algum jeito, algum momento bom para contar tudo logo de uma vez para o meu tio. Quanto mais tempo eu demorar a colocar as cartas na mesa, pior vai ficar a situação.

Tentei dispersar os meus pensamentos preocupados, me levantando cama. Depois da minha higiene matinal, desci as escadas à procura de um café da manhã para o meu estômago de leão que já roncava em protesto. Foi até a cozinha e preparei ovos com bacon para mim, que devorei com prazer. Só depois da minha refeição, é que me toquei que não vi a presença de ninguém em casa. Estranhei. Revirei os olhos. Aposto que saíram sem me avisar só porque fiz isso ontem. Quanta criancice!

Bom, já que ninguém está em casa e não teria como falar algumas verdades para o Steve pelo telefone, eu achei melhor me encontrar com o Nick de novo. Subi até o meu quarto de volta, e busquei meu celular para ligar para ele. Ninguém atendia. Tentei mais uma vez, e não fui atendida de novo. Talvez ele esteja em casa e não tenha escutado. Tomei um banho e coloquei uma roupa simples para sair. Até que ouvi o toque do meu celular soar alto. Deve ser Nicholas retornando a ligação. Caminhei a até o aparelho e vi pelo identificador que era, na verdade, o Chad. .

-Alô? – atendi.

-Miley. – sua voz soou tensa. Lá vem bomba! – É o Chad.

-Eu sei que é você. O que houve? - perguntei curiosa. Eu sentia pelo tom da sua voz que alguma coisa grande aconteceu.

-O seu tio. Ele saiu de casa com o Richard cedo e logo se encontrou com a gangue. Eu acabei de descobrir o que eles estavam fazendo na rua tão cedo assim. O Steve vai dar o golpe hoje. Na verdade, deve estar fazendo isso agora mesmo. – ele falava tão rápido, que até eu fiquei sem fôlego. – Ele conseguiu o dinheiro de alguma forma e pelo que soube numa ligação que fiz para um deles, ele já estava na casa dos Jonas. Eu não sei o motivo, mas ele não avisou a nenhum de nós dois. Acho que ele desconfiava de você. – senti os músculos do meu corpo ficarem rígidos.

-Calma aí, Chad! O meu tio já está na casa com todos os homens? O Nick está lá? – eu perguntei nervosa. Na verdade, quase em pânico. Ele já deve ter descoberto e está prestes a fazer uma loucura!

-Provavelmente, sim.

Eu desliguei o celular sem nem mesmo esperar por mais alguma informação. Coloquei o aparelho no bolso, caso eu precise. Correndo, fui a até a minha gaveta e tirei de lá uma arma. Com toda a certeza, se a situação sair dos limites vai ser muito útil. Não parei muito para pensar. Coloquei o revolver, no cós da minha calça e o cobri com a minha camiseta que mais solta. Desci as escadas na maior velocidade que pude. Eu preciso o impedir a tempo. Eu tenho que o impedir a tempo!



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Eu sei, Eu sei! kkkkkkkkk Sou muito cruel em deixar um final desse para vocês! Mas eu acharia pior se eu escrevesse tudo de uma vez. O capítulo ficaria muito grande e demoraria muito mais porque as provas estão perto :S Pois é, a escola parece que conspira contra a minha fic... Mas vou tentar escrever o mais rápido possível (sem deixar as minhas notas caírem hehe #MissãoImpossívelModeOn).
Anyway, não cheguei aos 10 comentários dessa vez, mas fiquei feliz porque ganhei mais uma leitora! :DDDD  Obrigada pelos comentários!
AAAAAAAAAH Vocês ouviram Wrecking Ball???? *-* Cara, depois de uma musica maravilhosa dessa eu caguei pro VMA! kkkkk Sério, to nem aí desde que esse CD seja tão bom quanto essa música. Cara, desde que ouvi falar que uma musica dela tinha esse nome, eu pensei em uma musica pro Nick. E É PARA ELE! rs Eu estou super ansiosa para o clipe! >_<
obs: Alguém aí foi na bienal sábado??? Minha foi ela viu o Nicholas Sparks *-* Mas disseram que foi uma confusão! Eu vou amanhã para lá. Eu vou comprar livros feito uma doente! kkkkkkkkk Ah, eu não converso muito com vocês. Eu queria saber se vocês estão lendo um livro agora e qual é!
Tá, eu vou parar de falar agora kkkkk 
Beijos!!!