Beijos
Já havia passado algumas horas depois do jatinho ter
decolado. A adrenalina finalmente me deu uma trégua. Confesso que mesmo ao
caminho do aeroporto eu estava num estado de nervos. Conseguimos um jeito de
chegar ao jatinho sem ter que mostrar documentos e consequentemente sem a Miley
ser reconhecida. Por vários lados do aeroporto tinham televisões transmitindo a
cobertura da tragédia no presídio feminino. Qualquer um que estivesse
assistindo aquela cobertura poderia ter reconhecido a Miley através daquela
peruca loira. Apesar de todas as dificuldades e das probabilidades de dar tudo
errado, tudo deu certo.
Olhei
para o meu lado e encarei uma Miley sorridente. Eu tirei a peruca da sua
cabeça, deixando os seus cabelos castanhos caírem em cascatas sobre os ombros.
-Aqui
você não precisa mais se esconder. – eu disse,
deixando a peruca de lado.
-Eu
tinha até esquecido. – ela riu. – Eu ainda não paro de pensar que conseguimos
escapar.
-É
claro, estamos falando do Nick Jonas burlando a lei. Comigo nada dá errado. –
eu cruzei os braços atrás da minha nuca com um sorriso convencido.
-Ah,
esqueci que todo Jonas é um metido. – ela rolou os olhos em brincadeira. – Acho
melhor você voltar pros Estados Unidos, porque esse ego todo não vai caber numa
cidadezinha italiana.
-E
largar você aqui? – eu sussurrei rente ao seu ouvido. –Nunca!
Ela
virou para mim encarando diretamente os meus olhos com aqueles globos azuis que
me tiram do sério.
-Nem um
pouquinho? – ela perguntou no mesmo tom de voz do que eu, aproximando sua boca
da minha.
-Nem
por um segundo. – eu respondi antes das nossas bocas se tocarem.
Nossos
lábios se encaixaram lentamente. Eu senti a maciez da sua boca suguei o seu
lábio inferior. Ela fez o mesmo com levemente com o meu lábio superior. Me
senti entorpecido quando nossos lábios se abriram e as línguas se tocaram. Meus
dedos se perderam em seus cabelos e seguraram a sua nuca para perto de mim. A
falta que eu sentia em ter a Miley para mim era absurda. A todo segundo eu
queria sua boca na minha, queria sua voz melodiosa soar perto do meu ouvido,
seu corpo pequeno nu colado no meu, queria fazê-la gozar até chegar à exaustão.
Os meus
pensamentos se refletiram no aperto que eu dei em seu seio. Ela gemeu baixinho
para a aeromoça, que estava um pouco mais atrás das nossas poltronas, não
ouvir. Sua mão foi descendo lentamente pela minha barriga por cima do pano da
minha camisa, até chegar entre minhas pernas. Nossas bocas se afastaram e eu
pude ver um sorrisinho mal intencionado da Miley quando sentiu meu pau
endurecer dentro da minha cueca. Estava pulsando por ela. Eu tava louco pra
agarrá-la ali, arrancar a sua roupa e fazê-la cavalgar sobre mim naquela
poltrona, mesmo.
-Eu
quero ter você agora. Bem aqui. – eu sussurrei pra ela. – Mas acho que a
aeromoça lá atrás não vai aceitar ser nossa plateia.
-Foi o
que eu pensei. – ela beijou minha nuca, deixando um rastro molhado e quente. – Bom,
acho que o banheiro está livre. – ela deixou me levantou as sobrancelhas em
expectativa.
Eu abri
um sorriso safado, que não precisou nem mesmo de uma resposta. Eu levantei
primeiro e deixei que ela passasse na minha frente para disfarçar a minha
ereção. A aeromoça mostrou um simpático
sorriso, com um leve tom de malícia, para nós dois e respondemos da mesma forma
só para disfarçar. Já era meio óbvio o que um casal faria trancado num banheiro
de avião, não é? Mas quem liga? Não estamos nem aí para essa mulher. Nós só
queremos matar a saudade de vez. Nem que seja dentro de um jatinho!
Miley
entrou no banheiro de luxo e eu entrei logo depois. Ela trancou a porta
rapidamente e jogou os seus braços sobre mim. Sua boca grudou de volta na
minha, como se me beijar e respirar fossem duas coisas com o mesmo nível de
urgência. Eu envolvi sua cintura pequena
com os meus braços e a levantei. Miley aproveitou o impulso e entrelaçou suas
pernas em meu quadril. Eu a pressionei contra a parede do banheiro e empurrei
minha ereção para ela sentir o quanto eu estava duro.
Miley
suspirou e começou a rebolar contra meu quadril. – Senti tanto a sua falta,
Nicky. – ela disse numa voz arrastada. – Você não sabe o quanto eu quis estar
assim com você. Passei todos os dias naquele lugar imaginando nós dois juntos
de novo, lembrando como era bom ficar com você, como era bom ter você dentro de
mim. – ela estava ofegante, assim como
eu. Aquilo só me fez ficar cada vez mais excitado.
-O que mais
você imaginava sobre mim lá na cadeia, encrenqueira? – eu disse tirando a sua
blusa.
-Eu
imaginava você me fodendo de todas as formas e situações possíveis. E eu ainda quero
por tudo em prática. – essa frase fez que a pulsação em meu pau só ficasse mais
forte. -Eu me imaginava te fazendo gozar tanto que até os seus músculos terem
pequenos espasmos... Lembra disso? – ela perguntou sorrindo enquanto jogava a
minha camisa no chão depois de tirá-la. Eu não pude evitar que um sorriso escapasse.
Isso aconteceu na noite em que eu fugi dos sequestradores. Nos hospedamos em um
modesto motel e acabamos não resistindo. Transamos tantas vezes que no final da
noite meus músculos tiveram pequenos espasmos, mas nada muito desagradável. Pelo
contrário. Foi a melhor exaustão que já senti.
-É
claro que eu lembro. Como eu poderia esquecer? – eu levei Miley em direção a
pia e a deixei sentada na bancada. Eu ajudei a tirar sua calça jeans, deixando Miley
apenas de lingerie. Logo depois, ela tirou o seu sutiã e o jogou longe. Agora
com o seus seios macios e empinados a mostra, eu os cobri de beijos molhados, o
que fez a Miley começar a gemer baixo e apertar os meus ombros.
Eu me
afastei dela e a Miley protestou com um gemido de birra, mas ela logo depois se
deu por satisfeita quando me viu começar a tirar a calça. Quando ela viu a
ereção sob a minha boxer branca, instintivamente abriu suas pernas e projetou o
seu quadril mais para frente. Sua calcinha azul clara já estava começando a
ficar molhada. Eu fiz questão de apreciar cada detalhe de seu corpo. Nossa, como
a minha namorada é gostosa!
-O que
você quer? – eu perguntei já sabendo a resposta. – Isso aqui? – eu apertei meu
pau na sua frente. Miley mordeu forte o seu lábio inferior e assentiu.
-Eu
quero o seu pau em mim, Nicholas. Agora. – ela disse autoritária.
-E se
eu não quiser agora? – e a provoquei.
-Você
não quer? – ela perguntou num tom desafiador, enquanto puxava sua calcinha para
o lado. Então para me tirar do sério, começou a se acariciar com a ponta dos
dedos bem na minha frente. Eu suguei o ar ao ouvir seu gemido. Ela fechou os
olhos e começou a gemer com rastros de um sorriso maldoso nos lábios.
-Puta
merda, Miles! – eu murmurei.
Antes
que ela pudesse me torturar ainda mais eu a segurei pelo pulso, impedindo que
seus dedinhos safados acariciassem a sua intimidade. Ela levou os dedos
molhados até minha boca e eu os chupei, sentindo o gosto do seu sexo. Ela me
apreciava com desejo, enquanto eu a provocava.
-Você
ainda não quer? – ela sussurrou.
-Eu só
não quero, como eu preciso estar em você. – eu disse agora distribuindo beijos
pela sua barriga, descendo até a sua intimidade.
Eu
puxei as alças da sua calcinha. Ela levantou o quadril para me ajudar a tirar a
sua ultima peça. Afastei bem a suas coxas e beijei o interior das duas, até
meus beijos chegarem no seu sexo quente e molhado. Então comecei a sugar e
lamber o seu clitóris, a fazendo gemer alto. Miles começou a puxar o meu cabelo
de tanto prazer que sentia. Eu a penetrei com a língua e comecei a mover dentro
dela. Quando seus gemidos começaram a
ficar mais frequentes e altos, eu percebi que ela chegaria ao ápice. Mas eu
pressionei seu clitóris antes que seu orgasmo chegasse. Aos poucos, uma
ofegante Miley começou a se acalmar.
Eu me
levantei para ficar na sua altura. Minha encrenqueira me puxou pela nuca e me beijou.
Nos beijamos profunda e urgentemente, enquanto Miles empurrava minha cueca para
baixo até eu ficar completamente sem nada. Nossas bocas se afastaram e ela
começou a morder meu pescoço. Levantei levemente os seus joelhos para se
posicionar melhor e dei a primeira investida.
Seu corpo tremeu na mesma hora.
-Ah,
Nick! – ela gemeu no meu ouvido. Jurava que estava sendo levado para um outro
mundo com tudo isso. Como senti falta desse paraíso! Como resposta, eu penetrei
mais vezes naquele sexo deliciosamente molhado. – Mais forte, meu gostoso. Vai
mais forte!
-Como você
quiser. – eu sussurrei no seu ouvido, também. Eu suguei sua orelha e investi
tão forte que a Miley teve que morder meu ombro para não gritar. Mas foi em
vão. O seu gemido já era alto o suficiente para ouvirem do lado de fora.
Ela
envolveu suas pernas em meu quadril para juntar ainda mais nossos corpos e
começou a se movimentar junto comigo. Quanto mais Miley gemia, mais fundo eu
penetrava. Enquanto nos movíamos pro clímax, eu aproximei novamente minha boca
da sua e puxei seu lábio inferior com os dentes. Eu apertei suas coxas quando senti que estava
chegando cada vez mais perto. As investidas foram ganhando velocidade junto com
os gemidos da minha Miles. Cada vez mais rápido, mais rápido, e mais rápido...
Então finalmente tivemos o orgasmo.
O avião
começou a se inclinar e a Miley quase perdeu o equilíbrio e caiu da bancada,
mas eu a segurei antes. Eu a puxei para perto de mim e ela me abraçou ainda
rindo do susto que levou. Eu beijei sua testa.
-Acho melhor a gente se arrumar
logo, porque alguma coisa me diz que já estamos na Itália. – eu brinquei e Miley
sorriu.
Miley
Narrando
Logo
depois de sairmos do jatinho, Nick fez questão de comprar todo o tipo de coisa
que eu precisasse nas lojas mais próximas do aeroporto. Ele disse que a casa de
praia vai ser minha casa, também e que tem que ter tudo o que eu preciso,
principalmente no seu dia de estreia. Foi muito fofo da sua parte, mas desde
que eu botei os pés naquele aeroporto eu tava louca para conhecer a nossa nova
casa. Para mim, o resto tinha que resolver depois!
Nick
estacionou o carro em frente a uma grande e charmosa casa em frente à praia.
Era enorme e simplesmente linda.
-Essa é
a nossa casa? – eu perguntei entusiasmada e desacreditada que eu viveria todos
os dias naquele pedacinho de paraíso. Saí rapidamente do carro para entrar logo
naquele lugar.
-É essa
mesma. – Nick respondeu feliz.
Eu
parei de andar e olhei para aquilo tudo. Eu mordi o lábio inferior. Aquele era
o lar do meu recomeço. Era o meu novo lar.
-Faz
muito tempo que eu não tive um lugar especial pra chamar de lar. De verdade. –
eu disse mais comigo mesma.
Eu
senti os braços fortes de Nick me abraçar por trás de me dar um beijo carinhoso
na bochecha. – A gente vai ser muito feliz aqui, amor...Confia em mim!
Depois
de um tempo admirando a bela construção renomeada no nome do Nick. Me veio um
lembrete.
-Hey! Nem acredito que nós vamos morar juntos! – eu
me animei. – Esse casarão só para nós dois em frente à praia? Fala sério!
Preciso fugir da cadeia mais vezes!
Nick
começou a rir. – Não faz isso comigo. Uma vez já foi o suficiente pra eu quase enfartar!
E além do mais, graças à aqueles dias na cadeia, eu ainda to com uma vontade
louca de realizar todas imaginações dessa cabecinha suja. – ele me pegou no
colo. Dei um grito de susto e comecei a rir. Ele me colocou sobre o seu ombro e
me segurou pelas pernas.
-Já?
Não basta o showzinho que a aeromoça ouviu e agora quer que os vizinhos ouçam
logo na nossa chegada?
-É bom
para eles já acostumarem, porque vai ser assim todo dia! – ele adentrou a nova
casa me carregando, enquanto eu ainda ria à toa.