Obs: Só pra não confundir, a Sophie é a Miley mesmo. Bom, se leram até o final talvez entendam melhor. :)
Miley Narrando
Lágrimas caíam dos meus olhos com facilidade enquanto eu acompanhava o resto das pessoas lentamente até o túmulo onde o caixão seria enterrado. No local, estava escrito seu nome: “Juan Fernandes Martinez” e havia uma foto sua. Na imagem pude lembrar sua beleza inquestionável. Seus olhos verdes destacavam-se com facilidade no pequeno retrato.
Depois do caixão ser enterrado e a cerimônia acabar, fui conversar com a família Martinez. Funguei e sequei novamente meu rosto molhado de lágrimas com um lencinho preto que combinava com meu vestido.
– Sinto muito pela perda. – direcionei meu olhar triste para baixo. – Ele faz muita falta. – falhei minha voz, desabando a chorar novamente.
– Oh, Sophie... Também sentimos falta dele... – Sra. Martinez me abraçou, chorando também. – E sei o quanto você o amava.
– Eu ainda o amo. Muito! – murmurei entre soluços. – Aquele bandido vai pagar por tudo o que fez.
– Se já não bastasse roubar todo o dinheiro daquele cofre, o desgraçado ainda tirou a vida do meu filho. – pronunciou-se o Sr. Martinez, indignado. Ele não chorava mais, mas seus olhos ainda estavam bastante vermelhos. - Como você disse, Sophie, ele vai pagar por tudo que fez. O melhor detetive de toda Madri está investigando isso, e vamos encontrar o maldito assassino.
– Tomara que descubra logo! – eu disse, entreolhando-me com o tio Steve, que esse tempo todo esteve ao meu lado sem se pronunciar. Nossos olhares confirmavam por si. Tínhamos que ir embora. – Bom... Foi um prazer conhecer os senhores. Estou indo embora.
– Da cidade? – perguntou a mulher.
– Sim. Aqui não me traz boas lembranças. Não sinto que Madri seja meu lar mais, depois da morte do Juan... – suspirei. Limpei a última e solitária lágrima que corria pela minha face.
– Entendo. Sempre se lembre de que você foi o motivo do Juan sorrir nos seus últimos dias de vida. Você foi muito especial pra ele. – ela falou, formando um pequeno sorriso nos lábios.
– Sophie, temos hora para ir. Vamos? – balancei a cabeça em concordância.
– Foi muito bom te conhecer também, Sophie. – Sra. Martinez me puxou para um abraço apertado e demorado.
Logo depois abracei o Sr. Martinez e fui embora acompanhada do tio Steve.
Juan... Tão belo, tão sedutor, tão tolo... Como todos os outros.
Flashback on
– Sophie, meu amor, não chore… Você e seu pai vão ficar bem… Eu prometo! – Juan disse, enquanto eu me desesperava.
– Meu pai perdeu tudo! Tudo, Juan! Fizeram uma lavagem de dinheiro na conta bancária dele.– falei, com a voz alterada. – Acho que nem dinheiro pra pagar a minha faculdade ele tem mais. – eu andava de um lado pro outro, fingindo estar nervosa.
O belo moreno me olhava indignado com tudo que ouvia.
– Calma, Soph, seu pai vai conseguir recuperar esse dinheiro todo. – Puxou-me para seu sofá onde estava sentado e me sentei ao seu lado.
– Mas não é assim de noite pro dia, né? – falei, como se fosse obvio.
– Então, vou te fazer uma proposta. – segurou minhas mãos e ergueu meu queixo para olhar nos meus olhos. – Mas meus pais não podem saber disso de jeito nenhum senão eles vão me matar! – sussurrou.
– Eu não vou contar pra eles. - balancei a cabeça negativamente. - Prossiga.
– Eu vou ao cofre do meu pai lá no banco central amanhã e te dou uma quantia de dinheiro. O suficiente pra manter vocês dois até conseguirem recuperar com o banco do seu pai. – sorriu. – O que acha?
– Mas você não pode me dar tanto dinheiro assim... Nem seu é! Eu sei muito bem que aquele dinheiro no cofre é pra casos de emergências da empresa. – falei, hesitando em aceitar.
– Por favor, meu amor. Eu só quero ajudar vocês. Depois seu pai devolve. Mas deixa eu te ajudar! – suplicou, preocupado. Se não fosse tão tonto até acharia fofinho.
– Tudo bem... Eu aceito!
No dia seguinte...
Algumas pessoas andavam despercebidas de frente para o banco. Já eram oito horas da noite, por isso a rua não estava tão agitada. Ótimo. Eu estava esperando Juan na frente da grande entrada do banco. De repente meu celular tocou.
– Alô? –atendi.
“Miley, sou eu. Por enquanto está tudo no controle, não é?” – tio Steve falou do outro lado da linha.
– Sim, está tudo certo.
“Ok. Olhe em volta. Está vendo um carro preto com janelas abertas?”
Olhei em volta e finalmente vi o tal carro. Dentro estavam três caras de roupa preta.
– Estou.
“Eles são os caras que eu contratei. Quando vocês dois entrarem eles vão esperar uns três minutos e vão invadir o banco.”
– E aí eles vão entrar no cofre junto com a gente e blá, blá, blá. Tio, você já me falou isso umas quinze vezes.
“Não me contraria, menina! Só estou falando de novo pra você não falhar.”
– Está bem, está bem... – rolei os olhos. Logo encontrei o Juan vindo em minha direção. – Tio, ele já chegou. Estou indo, beijos! – desliguei o celular e abri um enorme sorriso. – Oi, meu amor. Você está tão bem vestido assim só pra ir ao banco?
– Não, é porque hoje depois do banco vamos nos divertir um pouquinho, então quero ficar bem bonito pra você.
– Seu safado! – dei um tapinha no seu ombro que o fez rir.
Que pena, não teria mais diversão depois do banco. Ele tem um jeito tão sexy que, por um momento, me deu uma vontade de ceder só pra ter mais uma noite com essa perdição. Mas como sou uma menina honesta e certa eu tenho que botar meu trabalho em primeiro lugar, não é mesmo?
Entramos no banco e conversamos com o gerente. Juan mostrou sua identidade e citou a senha para provar que era realmente filho do Fernando Martinez. O gerente confirmou e nos mostrou o caminho para os cofres. Chegamos até um relativamente grande e Juan digitou o código. Automaticamente o cofre se abriu.
– Parados! – uma voz gritou atrás de nós. Virei-me e deparei-me com um cara com uma roupa preta e um capuz que cobria seu rosto também preto. Sua arma prateada reluzia contra a luz quase ofuscante do banco. Parecia poderoso com aquilo nas mãos, a não ser as mesmas que estavam tremendo de tanto nervosismo.
Levamos as mão pro alto para mostrar que não iríamos reagir.
– Por favor, não mata a gente! – pedi, com um olhar assustado.
– Pra isso vocês dois vão ter que ficar quietinhos enquanto eu estiver fazendo uma limpeza aqui. – falou, enquanto atirava nas câmeras de segurança em nossa volta. Ouvi tiros da entrada do banco. Provavelmente acabando com as câmeras de lá também. Quanto menos provas melhor. Ou pode ser até mesmo alguns reféns morrendo... Quem sabe?
– Não! Não vou deixar você pegar todo esse dinheiro! Isso é da empresa do meu pai! – Juan se manifestou.
– Você não manda em mim, moleque. – falou, entrando no cofre, deixando-nos pra trás.
Nesse tempo em que ficou de costas para nós, Juan pulou em suas costas e arrancou a arma da sua mão. Merda!
– Não faça isso! Tem outros dele lá fora. E eles vão te matar! – avisei.
– Sophie, eu sei o que estou fazendo. – Juan falou, apontando a arma para o bandido idiota. Que cara maluco!
– Me dá isso aqui. – arranquei de suas mãos com rapidez, antes que puxasse de mim. – O que você tem na cabeça? Sabia que esse tipo de quadrilha não é pra se brincar? Eles são perigosos.
– Eu sei, amor, mas eu queria proteger você. E o dinheiro da empresa.
– Não preciso ser protegida. Já você... – lancei um olhar duvidoso para o chão.
– Como assim, Sophie? – perguntou confuso, mas ao mesmo tempo assustado.
– Olha, foi bom te conhecer. Você é um cara legal, mas tenho que me despedir. Então... - ele continuava me encarando, não entendendo quase nada de minhas palavras. – Adeus, Juan. – apontei ligeiramente a arma para seu peito e puxei o gatilho. Um tiro, dois tiros, três tiros, quatro tiros. Acho que agora não teria mais como sobreviver.
Voltei minha atenção para o imbecil do bandido, que ficou me olhando com cara de bunda.
– Seu merda! Era pra VOCÊ ter feito isso. - Apontei para o corpo estirado do meu namorado. - Bem que avisei a meu tio pra não contratar qualquer um. Olha no que deu. – eu falava, enquanto andava em círculos. – Por acaso você não aprendeu o esquema? Hein?
– Bom, aprendi... É que eu fiquei tão nervoso agora que não soube o que fazer... – falou, meio sem jeito.
– Sem jeito? Nervoso? Vem cá, o que você fazia, hein? Roubava galinha do vizinho? Não é possível! – minha voz já estava alterada.
– Desculpa, eu falhei.
– Não se pede desculpa. Só tenta melhorar a besteira que fez, ok? – peguei um lencinho da bolsa e comecei a limpar minha impressão digital. – Vai tirando logo o dinheiro, idiota. Não está vendo que o tempo está passando?
O homem apenas assentiu calado e foi guardando o dinheiro dentro de um saco de pano rapidamente.
– Toma. – entreguei a arma de volta a suas mãos. – Vai logo antes que a polícia chegue!
Ele saiu correndo para fora do banco. Não sei se essa rapidez toda foi por tentar melhorar o trabalho que fez ou por medo de mim. Talvez os dois.
Olhei para o corpo a minha frente ensanguentado e abaixei-me para abraça-lo e comecei a fingir que estava chorando. Uma das qualidades que mais aprecio em mim mesma é a habilidade de atuar facilmente.
Poucos minutos depois a policia chegou ao banco. Mas já era tarde demais.
Flashback off
– E o Oscar de melhor atriz vai para... Miley Cyrus, interpretando a personagem Sophie Evans no filme “História de amor em Madri”! – disse, animado, imitando aqueles artistas que entregam prêmios, enquanto dirigia até a estação de trem.
Comecei a gargalhar batendo palmas, como se eu fosse a própria plateia do nosso “Oscar”.
– Vamos pra Londres para pegar novas identidades e passaportes falsos e depois vamos para onde? Quem será nossa próxima vítima? – falei com uma voz assustadora e tio Steve começou a rir.
– Bom, estamos ótimos com isso. Estamos atuando bem e... trabalhando – deu ênfase ao trabalhando, dando segundo sentido à palavra. – muito bem... E estamos fazendo golpes demais. Então para nós tirarmos logo umas férias e também para não deixarmos nada suspeito, vamos logo ao Grand Finale!
Meu coração disparou de ansiedade.
– Grand Finale? Você está querendo dizer... – tentei falar com calma.
– É isso mesmo que você está pensando, minha Miles! A sua tão esperada Missão Jonas!
– Está falando sério, tio? Você acha que eu já tenho potencial pra missão desse porte? – perguntei, arregalando os olhos.
– Acho! E pode ir botando esses olhões azuis no lugar, não quero que as pessoas daqui pensem que você ficou maluca depois da morte de Juan. Vamos embora com classe, como dizia senhora Martinez. – rimos juntos, lembrando o jeito de madame patético dela.
Hey linda :D
ResponderExcluirCap lindo perfeito!!! *.*
EEE morram de inveja eu já li isso tudo!! muahahahahaha #taparei to de brinks
Pena eterna dos Jonas!! Tadinhos dos meu anjinhos, sendo usado pela jarara Miley!!! Fique brava com ela!! rummmm
Posta loginho meu anjo!! :D
Beijos xD
Hey! Agora que eu vi seu blog aqui no mundo da blogosfera, rsrs.
ResponderExcluirBom, eu já havia lido o capítulo, só queria que já estou seguindo e acompanhando a sua fic também por aqui e pode deixar que vou divulgar assim que possível.
Beijos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi! Eu não sei porque você apagou o comentário, mas bem-vinda ao blog! Espero que goste da fic :D
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