Oi gente!! Espero que gostem desse capítulo. Dessa vez eu botei um momento fofinho Niley, mas não se deixem enganar! A Miley ainda é uma criminosa e está enganando o Nick (tadinho D:). E se estiver acompanhando, por favor, deixe um comentário! Sério, comentários fazem toda a diferença para um escritora.
Ah! Giovanna, muito obrigada por divulgar minha fic na sua. Obrigada mesmo!
Boa leitura!
Beijos
Capítulo 5
Miley Narrando
O estridente som do sinal ecoou por todo o colégio anunciando a tão esperada hora da saída de uma sexta-feira um tanto cansativa. Suspirei aliviada. Finalmente esse inferno acabou! A Sra. Jules avisou desesperadamente tentando cativar a atenção de pelo menos alguns alunos sobre o próximo teste de álgebra semana que vem. Mas poucos se importaram, e obviamente eu não estava entre esse grupo de alunos. Joguei minha bolsa apressadamente sobre o ombro, catei meus livros e folhas espalhados na mesa, empilhei todos antes de carregar nos braços e saí daquela sala.
Já havia completado uma semana. Uma semana desde que o Nicholas me pediu em namoro naquela festa. Até agora, tudo está em perfeita ordem. Richard, um dos nossos homens, conseguiu um emprego de faxineiro na empresa Jonas. Ele é encarregado de limpar em apenas alguns lugares específicos, mas só de garantir um lugar infiltrado lá, já está de bom tamanho. Assim, será mais fácil saber de todas as informações bancárias da empresa. Conseguimos também um tipo de acordo com uma gangue local. Eles nos emprestariam armas e homens se precisarmos. Além de uma certa cobertura. Se algum de nós for preso, eles terminariam o trabalho sujo. Mas é claro que isso tem um preço, que é um quinto do que conseguirmos. E eles sabem muito bem que só um quinto de toda aquela fortuna é dinheiro pra gastar a vida inteira e ainda sobraria um pouco.
Nenhuma desconfiança, mais informações estão sendo coletadas, mais segurança para nós, e hoje é o dia em que vou conhecer sua família e conhecer a prestigiada mansão em que costumam chamar de lar. Está saindo melhor do que imaginava pra apenas duas semanas em Los Angeles.
Desci os últimos degraus da saída da escola e dei de cara com o conversível vermelho que já conhecia em frente ao colégio. E aquele doce par de olhos castanhos praticamente sorria para mim junto com sua boca. O namorado perfeito estava a minha espera.
–Oi Miles! – falou animado, recebendo logo depois um selinho meu quando sentei no banco do carona. – Quer dar um passeio comigo antes de ir pra casa?
–Passeio? Pra onde? – perguntei curiosa. Pela primeira vez o Nick me levaria pra sair. Todos esses dias nós ficamos tão atolados com deveres e trabalhos de escola que só conseguíamos nos encontrar para namorar entre os intervalos das aulas e na saída.
–Bom, não considere como um primeiro encontro, por favor.- vi seu rosto corar. Até agora ele não se acostumou comigo e ainda cora de vez em quando. - Não é nada demais, mas eu gostaria que você fosse comigo pra praia. Para agente andar um pouco. Passar um tempo a sós... Sabe, até agora agente nunca teve um momento só nós dois. Além de que é um lugar bem relaxante. Você vai gostar. – ele disse já dando partida no carro.
–É claro que vou! – falei sorrindo para ele. – Nick, tem certeza que sua família vai gostar de mim? – mudei de assunto.
Ele deu uma rápida olhada pra mim, voltou o foco na estrada e sorriu divertido.
–Obvio que sim. Por que não gostariam de você? Você é perfeita. Não sei por que você se preocupa tanto com isso. Meu pai não é um bicho de sete cabeças!
–E sua mãe? –perguntei.
Seu sorriso se fechou com a minha pergunta, pigarreou e respirou fundo antes de me responder.
–Minha mãe, é... Ela faleceu. – Nick forçou sua voz a ficar mais neutra possível. Mas depois sua feição facial suavizou e voltou com um tom de voz mais agradável. – Mas aposto que ela ia amar você.- sorriu docemente para mim e voltou novamente a atenção na direção. - E agora eu tenho uma madrasta, mas ela não conta. Ela faz amizade com qualquer um! Então ela é a ultima pessoa para se preocupar. – eu ri junto com ele. – A Cristine é uma figura, vai se divertir muito com ela. – ele me disse.
– E seu irmão? Eu sei que você tem um, mas nunca me falou muito sobre ele.
–Ele ás vezes é meio complicado de lidar, mas é legal.
–Coplicado de lidar? Tipo aqueles caras revoltados que vive no quarto e são cheios de tatuagens só pra irritar os pais? – perguntei sendo recebida por um ataque de risos do Nicholas.
–Ele está longe de ser esse tipo de cara. Vamos dizer que ele é um pouco... Orgulhoso demais. E ás vezes se mete em confusões que tira meu pai do sério, mas nada como esses caras emos metidos a rebeldes. Ah! Olha que coincidência. Ele volta para Los Angeles hoje. E vai conseguir conhecer você. – finalmente chegamos à praia. Nick estacionou numa vaga disponível em frente ao nosso destino.
–Voltar para Los Angeles? Ele estava fora?
–Ele é modelo. Então ás vezes ele viaja pra fora para algumas seções de fotos de marcas estrangeiras.
–Hum... Sua família é bastante interessante. – disse enquanto saía do carro já com minhas sapatilhas na mão.
–Obrigado? – respondeu meio risonho.
–De nada. – dei uma risadinha e caminhei até a areia. O Nick veio logo atrás de mim.
Fechei os olhos para aproveitar melhor a leve brisa acariciando minha pele. Respirei fundo em pleno prazer em ouvir as ondas e sentir o relaxante cheiro de mar. – Isso aqui é ótimo. – falei ainda de olhos fechados.
–Sabia que você ia gostar. –sua voz me pareceu mais próxima do que imaginava. Quando abri os olhos vi que seu rosto está apenas a poucos centímetros do meu.
Aquele cheiro relaxante de sal se misturou com seu perfume. Ele mordeu seu lábio inferior fitando a minha boca e se aproximando cada vez mais... Antes que ele chegasse até meus lábios, me apressei em beijá-lo. Mas foi apenas um selinho e me afastei com um sorriso esperto no rosto.
–Só isso? – perguntou Nick desapontado.
–Se você quiser mais vai ter que me pegar. – logo depois que falei essa frase disparei para longe dele. Nicholas entrou na brincadeira e saiu correndo atrás de mim.
–Você sabe que eu jogo basebol desde os treze anos e sou o mais rápido do meu time, não é? – falou ele com ar de orgulho já ciente que me alcançaria.
–Você sabe que isso não é motivo para fazer me parar, certo? Sou muito mais rápida do que você imagina. – falei também um pouco orgulhosa.
Sei que sou rápida, mas era obvio que ele me alcançaria em alguma hora. Porém, eu não parei. Virei meu rosto para trás para ver onde ele estava. Nicholas já estava me alcançando. No meio da minha correria, tropecei na própria areia e caí. Se um tombo na frente do recém-namorado não fosse o bastante, capotei duna abaixo como se fosse um saco de lixo enorme rolando. A única coisa que eu conseguia ver era a areia na minha cara. Ninguém merece! Quando finalmente parei deitada no final da duna, tirei a areia do meu rosto.
–Miles, você está bem? – disse ele correndo até a mim rindo descontroladamente. Se ajoelhou no meu lado e apoiou as suas mãos cada uma de um lado meu.
–Tirando a metade de uma duna que está no meu cabelo, estou bem. E isso não tem graça. – falei mal humorada cruzando os braços ainda deitada encarando seu rosto que estava acima de mim, tapando o sol de minha vista.
Ele continuava rindo, escancarando seus dentes perfeitamente brancos e bem alinhados. Seu rosto, de tanto gargalhar, já estava ficando rosado e seus olhos estavam começando a lagrimejar. Ele parou quando percebeu que eu ainda o encarava séria.
–Ta bom, desculpa... Mas foi muito engraçado. Você parecia uma boneca de pano caindo! – dessa vez nem eu conseguir prender o riso. Segundos depois, Nick parou de rir com uma expressão que se lembrava de alguma coisa. – Ei, eu venci!
– É mesmo. Você venceu!
– E mereço meu prêmio... - ele botou sua outra perna do outro lado do meu corpo ficando em cima de mim. Seus olhos não paravam de encarar os meus. – Assim você não tem como escapar. Já que você adora fugir de mim. – sussurrou. Ele me fez lembrar da festa em que eu sempre me escapava de seu beijo. Agora ele só estava certificando que não fugiria novamente.
–Eu não vou fugir de você.
– Acho bom! – disse ele sorrindo e tirando uma mecha de cabelo do meu rosto.
Nick encostou seus lábios nos meus com suavidade, sem pressa. Logo depois, contornou meus lábios com sua língua provocante e deliciosamente até eu abri-los e dar passagem à mesma. Ficamos trocando beijos por um bom tempo até cansarmos e pararmos pra tomar um sorvete. Não pude demorar muito, pois Steve estava me esperando em casa e a esse ponto ele provavelmente está bastante preocupado, então Nick se apressou pra me deixar em casa.
Seu carro parou em frente ao quintal verdinho e florido da minha casa e se despediu com um ligeiro beijo.
–Amei o passeio. – disse ainda próxima a ele. – Espero que passemos mais momentos assim juntos.
–Vou tentar fazer momentos melhores ainda. – acariciou meu rosto com a costa da sua mão carinhosamente. Sorri meigamente para o Jonas e saí do carro.
–Te vejo mais tarde na sua casa.
– Tem certeza que não quer que eu te leve para lá?
–Não precisa, obrigada. Você não precisa virar meu chofer só porque é meu namorado. Meu pai vai me levar. Ou talvez meu primo. – Pois é, o primo que estou falando é o Chad. O Nicholas o viu aqui em casa, eu tive que me explicar pra ele quem era o cara que morava na mesma casa do que eu além de meu “pai”. – Mas não se preocupe com isso.
–Tudo bem, então. Tchau Miley, até mais tarde. Vá bem bonita, hein!
–Vou tentar. – disse sorrindo.
Ele apenas riu e deu partida ao carro e desapareceu de minha vista segundos depois. Adentrei na sala de estar bem decorada e encontrei Steve sentado no sofá conversando animadamente com Chad, Richard e mais um que esqueci o nome agora. Pouco me importei em cumprimentar e continuei meu caminho até o meu quarto.
–Miley? – a voz do meu tio ecoou pela sala quando me avistou subindo as escadas. – Primeiramente, eu estou cansado de falar com você que pessoas educadas cumprimentam uns aos outros e segundamente, onde que você estava, hein? Faz muito tempo desde o horário da sua saída.
– Boa tarde.- falei com um tom de voz nada animador seguido por um sorrisinho irônico.- E primeiramente...- comecei a imitá-lo – quantas vezes já te falei que você não é realmente meu pai e que eu não sou uma criança pra me tratar assim? Somos parceiros, esqueceu? E segundamente, eu estava com o Nicholas, está bom pra você?
–Você ainda está usando anticoncepcionais né? – perguntou Steve.
–Sim, mas o que isso tem a ver? – perguntei totalmente confusa.
–Só pra garantir que não teremos um herdeiro para a nossa futura fortuna. Mas se nada der certo poderíamos pensar bem nesse papo de criança. Dizem que pensões podem custar muito dinheiro!
O que? Que papo é esse de bebês?
– Eu não to transando com o Nick. – falei rolando os olhos lembrando a ideia tosca sobre herdeiro. – Agente só foi passear.
–Ainda não? – perguntou meu tio chocado.
–Não. E não vejo motivo pra você ficar surpreso desse jeito. Eu não sou uma puta.
– Mas é bem... Como podemos dizer...? Ah! Voraz quando se trata de homens. – Chad se meteu numa conversa que já estava ficando tensa demais para conversar com o meu tio maluco, o enxerido do Chad e aqueles capangas que mal conhecia que já me olhavam de um jeito malicioso.
–Quer saber?Vocês não tem nada a ver com a minha vida sexual. Então não se metam onde não foram chamados, ok? – terminei de subir as escadas, já irritada indo em direção ao meu quarto.
Admito que pareceu bem infantil e imaturo, mas eu bati a porta com a maior força de tive no braço. O que eles tinham a ver com a minha vida pessoal? Odeio ficar constrangida desse jeito. Mas eles se divertiam me vendo assim. Sorte a deles de eu estar muito calma hoje.