quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Capítulo 13 - Discovering


Capítulo 13
Miley Narrando

Forçados pela incomoda luz solar, meus olhos abriram lentamente. Levantei meu rosto para me certificar se o Nicholas já estava acordado, mas ainda estava adormecido. Lembrei-me da noite passada e sorri involuntariamente. Não posso negar que noites em que transei com Nick foram maravilhosas. Não leve essa frase para o lado romântico, porque com certeza não há nem um pouquinho de romantismo. Bom, só quero dizer que eu simplesmente adoro as partes de contato físico do namoro. Olhei as horas em seu relógio. Já eram nove e meia da manhã. Instantaneamente lembrei-me do Steve que me deveria estar me procurando, ele deve ter achado que eu fugi junto com o Nicholas. Tirando a família Jonas que deve estar igualmente preocupada. Droga, não posso demorar muito.
–Nick, acorda. Temos que ir embora. – cutuquei levemente o seu braço, porém ele não acordou. Chacoalhei com um pouco de mais força. –Nick, já amanheceu. Temos que ir para casa.
Ele despertou com má vontade, mas logo sentou-se ao meu lado. Ele coçou os olhos preguiçosamente e olhou para o seu relógio de pulso.
–Já? – ele reclamou com a voz embargada de sono.
–Nick, meu pai deve estar enlouquecido. Eles devem estar pensando que fugimos.
Ele suspirou pesadamente quando o lembrei da nossa família. Acho que ele estava querendo adiar mais um pouco. Nós dois sabemos que ele terá que ouvir muito do seu pai e que não vai ser nada fácil ter que encará-lo de novo depois daquela briga.
–Tudo bem, vamos logo.
Devolvi sua camisa. A noite ele pediu que eu a vestisse por conta da brisa da praia, então assim o fiz. Ele vestiu sua camisa de volta e colocou suas calças. Me vesti com rapidez também e fomos até o carro. Olhei na minha bolsinha o meu celular e vi que tinham vinte chamadas não atendidas. Steve vai me matar! Então vi que uma das mensagens que me mandou. Nela, ele avisa que está me esperando na casa dos Jonas.
–O meu pai ainda está me esperando na sua casa. – o avisei. Ele assentiu continuando o rumo até a o seu lar.
Minutos depois, chegamos à mansão. Nick estacionou seu carro na garagem e foi até a casa junto comigo. Estava na hora de mais barraco.
–É melhor ignorar. – aconselhei. – Ele deve estar de cabeça quente. Depois de um tempo vocês conversam.
–Vou tentar fazer isso, mas vai ser um pouco difícil. – ele riu com pouca vontade.
Entramos na casa e nos deparamos com Paul, Christine e Steve ainda com suas roupas de festa. Os três estavam visivelmente cansados, por conta da noite não dormida. Porém não estão muito melhores do que nós dois que estávamos imundos com os cabelos um pouco emaranhados e deixando rastros de areia. A loira estava com a maquiagem levemente borrada e seus olhos estavam ainda um pouco avermelhados. Provavelmente ela fez um grande drama por conta do desaparecimento do enteado, além do barraco de aconteceu em sua glamourosa festa. Antes mesmo de falar qualquer palavra, já era perceptível que o Paul estava nem um pouquinho feliz. E Steve? Ele me parecia controlado, como sempre. Mas sua expressão fechada deixava claro que eu devo ótimas explicações sobre eu me meter na ideia louca do Nick.
–Onde vocês estavam? Eu pensei que tinham ido embora pra sempre. – Christine saiu correndo até nossa direção e abraçou apertadamente o Nicholas com certo alívio. Ela é meia perua fútil, mas não tinha dúvida sobre seus sentimentos pelo Nick. Ela gostava mesmo dele.
–Miley, onde estava com a cabeça para sumir assim do nada? – repreendeu meu tio. E eu sabia, através daquele tom de voz firme, que não fazia parte da atuação. – Você quer me matar de preocupação? Por pouco, a Christine não chamou a polícia para procurar vocês. – quando ele disse essa frase meu corpo se enrijeceu. Não gostava nem um pouco de passar perto da polícia. Mesmo eu não tendo cometido nenhum crime nos Estados Unidos (tirando o furto no cofre), eu não me sentia confortável perto deles. Eu era criminosa. É mais do que instintivo de não gostar da polícia, independente da nacionalidade.
–Ela só foi me ajudar. Só isso. – disse Nick me defendendo. – Ela não tem culpa de nada. Nós só fomos pra um lugar privado pra conversar. Eu estava muito chateado, então ela achou melhor conversarmos a sós.
–Não precisa mentir pra mim, Nicholas.-Paul quebrou o seu silêncio.- Você iria fugir, não é? Que nem seu irmão fez. – o que mais me chamou a atenção é que ao contrário de ontem, ele não levantou a voz. Sim, ele parecia muito aborrecido, mas sua voz soava... Cansada, amarga. – Então me diga por que você vai continuar aqui.
Nick o encarou um pouco tenso e respondeu. – Por causa dos meus amigos, da Christine e da Miley. Eu não posso deixar eles pra trás.
Um pouco decepcionado, mesmo sendo uma resposta obvia, ele balançou a cabeça em afirmação calado e levantou-se do sofá em que estava sentado. E caminhou sem nem olhar pra trás até o segundo andar. Aquilo me deixou bastante surpresa. Ele não estava furioso e possesso de raiva como eu imaginaria, mas triste.
Eu e Nicholas nos entre olhamos confusos, esperando mais uma briga entre pai e filho bem pior do que vimos na festa. Mas aquilo não aconteceu, provocando ainda mais tensão no ar.
–Ele ficou bastante chateado quando percebeu que você foi embora de verdade e não voltou depois da festa para dormir. Todos nós achávamos que você faria o mesmo que seu irmão Kevin e tinha levado a Miley junto. – comentou Christine parecendo um pouco mais calma.
–Meu pai chateado? Só se for por causa dessa maldita empresa. - retrucou Nick. – Ou você acha mesmo que ele ficou preocupado comigo?
–Nick, não fique assim... Você sabe como seu pai é, mas ele ama muito você. – falou Christine enquanto ele a ignorava subindo as escadas até seu quarto. Ela suspirou exausta e voltou-se a nós. – Me desculpem por isso. Eles não estão numa fase muito boa.
–Entendo. Imagino que deve estar sendo bastante difícil pra você também. – comentou Steve. -Bom, nós temos que ir porque eu preciso de uma boa noite de sono e teremos uma conversa muito séria quando chegarmos em casa. – Steve me encarou reprovador. Rolei os olhos. Espero que isso faça parte da atuação, mas alguma coisa me dizia que ele estava mesmo irritado. Mal sabe ele que tudo o que fiz foi apenas a favor do nosso plano. Se o Nicholas fosse mesmo embora, o nosso golpe iria embora junto. Nick é a nossa ponte até o dinheiro do Paul, não poderia simplesmente deixá-lo ir, ou fugir com ele.
Nos despedimos brevemente da Christine e finalmente fomos para casa.
Flashback on
Paul Narrando
Caminhava de um lado pro outro inquieto, igualmente a Christine. Steve que também estava preocupado em relação a sua filha, mas estava tão equilibrado que eu chegava a invejá-lo. Eu não imaginaria que Nick teria mesmo coragem de ir embora. Sinceramente, esperava isso até do Joe que sempre foi do contra desde pequeno. Mas nunca do Nicholas.
Eu me sentia mal. Mal, não. Péssimo. Será que sou um pai tão repugnante assim? A ponto de nem o meu interminável dinheiro prendê-lo? Já bastava Kevin ter ido embora pra sempre. Não me conformo que mais um suma por esse mundo.
Joe um dia voltará para Europa por causa de seu trabalho. Pelo que está me parecendo o meu casamento com Christine está a um passo para desmoronar. Então eu ficaria aqui, sozinho nessa enorme mansão. Só. Nem os meus filhos me suportam mais. A que ponto fui parar!
Eu construí tudo isso para eles. Para eles poderem ter um futuro brilhante, ter uma vida de príncipes, terem tudo o que desejarem. Se eu não tiver mais nenhum deles, isso tudo seria pra quem?
Respirei fundo desejando que Denise estivesse aqui. Ela estaria aqui me certificando que tudo daria certo, que ele voltaria e que apenas foi para uma balada qualquer para aproveitar com seus amigos e voltaria logo. Entretanto, ela está ausente. Por minha culpa.
Impressionante como tudo que eu fiz só provocou infelicidade. Será isso um castigo?
Flashback off
No dia seguinte...
Miley Narrando
Enquanto eu tomava tranquilamente o café da manhã com Steve, Chad trocava aleatoriamente os canais. Isso é profundamente irritante. Resmunguei sobre decidir logo em qual porcaria do canal assistir então dei uma garfada no meu waffle com mel. Steve concordou comigo, mas não estava tão mal humorado como eu.
Inesperadamente, a campainha tocou. Espero que não sejam aquelas garotinhas chatas nos vendendo biscoitos. Só semana passada, já vieram umas três.
–Chad, já que você não está fazendo nada que preste, será que não dá pra atender a porta? -Ele me lançou um olhar reprovador. – Por favor? – pedi com má vontade.
–Ah... Finalmente está aprendendo a se comportar como uma verdadeira dama! - ele comentou sarcástico andando até a porta e revirei os olhos enquanto mastigava mais um pedaço da minha refeição.
Espiei da cozinha (de estilo americano) quem era. Um entregador segurava um ramo de orquídeas.
–Entrega para a senhorita... – ele checou num papel. – senhorita Cyrus.
–Hum... senhorita Cyrus? – Chad me olhou com um sorrisinho brincalhão. Eu mostrei a língua pra ele. – Ela está terminando seu café da manhã, logo ali. – ele apontou pra mim- Eu posso assinar no lugar dela?
O moço concordou e entregou uma ficha para o Chad assinar. Em seguida, ele pegou o buquê e se despediu do entregador.
–Pode deixar no meu quarto. – gritei pra ele. – Depois eu boto em um vaso.
Ignorando o meu pedido, Chad examinou as flores em suas mãos e encontrou um bilhete. Sem nem mesmo se importar com a falta de educação, ele leu em voz alta.
– “Querida Miles,
Me desculpe por não ter me despedido direito ontem. Você sabe muito bem o motivo disso, e espero que me perdoe. Eu sei que é meio brega entregar flores, mas a maioria das garotas gosta desse tipo de coisa. Então imaginei que iria te agradar. Não sou muito experiente com esse tipo de coisa, porém eu sei o quanto clichê é entregar rosas para uma mulher. Como você é um tanto diferente das outras, achei melhor te presentear com orquídeas. Elas também representam o amor, mas são muito mais especiais, como você.” – Chad segurou o riso. – Bota especial nisso.
–Já chega, Chad. Hoje não estou com humor pra brincadeiras. –levantei-me da cadeira e fui até ele para tomar o buquê para mim.
Ele saiu correndo sendo encorajado pelo Steve que ria discretamente e pedia para continuar a leitura. Robert chegou bem na hora da maldita encarnação e curioso, perguntou sobre o que se tratava.
–É a cartinha de amor que a Miley recebeu. – disse Chad despistando de mim. – Você acredita que ela transformou o Jonas num Shakespeare genérico? O cara tá totalmente caidinho por ela! Ouve só: - ele deu continuidade – “Essas flores são em agradecimento ao apoio que você me deu. E você estava certa. Por mais que seja complicado ter que lidar com as brigas do meu pai hoje em dia, não valeria a pena ter ido embora. Você é a melhor namorada que eu poderia ter! E bom, também não consigo tirar da cabeça as memórias da noite na praia.” – Chad e Robert soltaram um malicioso “Woow!”. Então Chad continuou lendo. – “Eu te amo, minha sereia. Espero que tenha gostado.”
Meu rosto queimou-se em rubor ao ficar ouvindo aqueles panacas me chamando debochadamente de sereia e perguntando o que exatamente são as memórias da praia, mesmo eles sabendo muito bem o que. Depois o Steve ainda me pede para controlar os nervos? Isso é Deus me testando, só pode!
Corri até o Chad e arranquei o buquê e o cartãozinho de suas mãos. – Desgraçado. – eu resmunguei enquanto ria envergonhada, não resistindo as suas brincadeiras. Subi correndo as escadas mandando todos tomarem naquele lugar enquanto que eles ainda riam a minha custa.
Joe Narrando
Depois de receber a ligação do Andrew, vim correndo sem nem mesmo hesitar para sua casa. Dizia ele que tinha achado coisas curiosas que seriam de meu interesse, então eu vim até ele para saber mais sobre essas "coisas interessantes".
No entanto, deve estar se perguntando: onde esse tal de Andrew entra na história? Ele é irmão de um amigo meu. E desde que eu o conheço ele sempre foi um cara muito inteligente e antenado. Então pedi para que ele fizesse umas pesquisas para mim.
Se isso tem haver com a Miley? Claro que tem! Essa garota me cheira a confusão e percebi isso logo quando a conheci. Já me meti com pessoas nada agradáveis e a maioria das vezes percebo quando tem alguma coisa fora do lugar. Não sei, a achei certinha demais pro meu gosto. Logo tirei minhas próprias conclusões que eu estava certo. Depois do dia do nosso "acerto de contas", eu fiquei intrigado com a diferença da garota em que ela fingia ser e em quem ela se mostrou pra mim. O seu jeito era totalmente diferente. O olhar, o modo de falar, o sorriso. Ela é mais maldosa, irônica, misteriosa... E que tipo de garota que tenta arrombar o cofre na casa do próprio namorado e ainda aceita uma proposta de adultério em troca de silêncio? Confesso que não tenho muita moral para julgá-la, pois eu gostei daquilo. Mas a principio, eu fiz de propósito. Para testa-la, para ver até que ponto iria. Então acabei me surpreendendo.
Para completar, acabei descobrindo na festa que a Carolina (que por sinal não é de se jogar fora), achava que eu secretamente gostava dela porque a maldita da Miley a contou. A espertinha me fez de trouxa e usou Carolina para me despistar. Do que, eu não sei. Porém tenho de certeza que ela fez por um motivo mais além do meu conhecimento.
Decidi que descobriria o que aquela garota esconde de mim e porque ela esta tão interessada em Nick se ela até o traiu comigo. Já chega de tentar adivinhar o que realmente estava acontecendo. Mesmo sendo loucura havia uma voz dentro de mim que gritava que há algo de muito errado.
Toquei a campainha da bela casa à beira da praia de Malibu, até que a pessoa esperada atendeu. Andrew esboçou um discreto sorriso no rosto.
–Estava te esperando. Pode entrar.
Eu entrei na casa em que eu já estava acostumado a vir por causa de várias festas feitas pelo Greg, e me sentei no sofá.
–Então, o que encontrou? – perguntei curioso.
Ele buscou seu laptop e o colocou sobre a mesinha de centro à nossa frente. Ele abriu o mesmo enquanto buscava a página que salvou.
– Você me disse que ela morou por um tempo na Inglaterra, e me pediu para que eu procurasse nos sites das escolas britânicas mais sobre ela. – dizia enquanto abria a página de uma escola inglesa. – Eu “hackeei” algumas. Bom, não encontrei nenhuma Miley Cyrus nelas. Mas por uma curiosa coincidência, encontrei uma garota chamada Rutie Morgan, que na foto de turma dessa escola aqui é assustadoramente igual a garota da foto que você me mostrou. – Então achou a foto e abriu em seu computador.
A tal Rutie não era parecida com Miley. Ela é a Miley. Aqueles olhos azuis são gritantemente reconhecíveis. Apenas o cabelo que estava um pouco diferente, mais pro tom de ruivo. Mesmo assim, era ela.
–Ou ela tem uma irmã gêmea ou por algum motivo usou um nome diferente na Europa. – comentou Andrew.
–Mas por que será que ela usou outro nome? – perguntei intrigado.
–Pode ser um erro do site também. – Andrew deu de ombros.
–Não. Do jeito que essa ela é, não duvido nada dela usar nomes falsos. Mesmo não sabendo o motivo. – falei com olhos vidrados na tela encarando o sorriso falso e doce da Miley na foto. – Você achou mais coisas? – perguntei.
–Não. Apenas isso mesmo. E foi por acaso, pois eu estava pesquisando pelo nome Miley Cyrus e acabei reconhecendo a foto.
–Mais nada? Tente mais alguma coisa. Preciso saber mais sobre ela. – pedi ansioso.
Ele concordou e pediu minha ajuda para a pesquisa. Então eu tive uma ideia.
–Eu ouvi Nick comentando que além da Inglaterra, ela passou algum tempo em outros países por causa do emprego do pai e para aprender línguas. Procure por Rutie Morgan, Inglaterra, Espanha, França e Bulgária. Não sei se eu isso vai funcionar, mas talvez encontremos algo de útil.
–Vamos tentar... – ele digitou as palavras-chaves e buscou.
Obviamente não encontramos nada que prestasse sobre a Miley (ou Rutie), mas uma chamada de um site me chamou atenção:
“Ladra de corações: bela moça faz ricas famílias da Europa de vítimas de trágicos assassinatos. Ela seduz geralmente os filhos para conseguir informações e rouba significativa quantidade de dinheiro.”
De algum modo aquela chamada me chamou atenção. Poderia ser ridículo, mas diante de tanta informação inútil, aquela me deixou curioso. Cliquei no link e abriu a página de um site com a matéria completa. Ignorei a sugestão do Andrew em tentar fazer o mesmo que fez com o site da escola britânica com os das escolas de outros países.
“Durante algumas pesquisas sobre misteriosos crimes na Europa, nossos repórteres acharam um caso bastante curioso. Crimes muito semelhantes aconteceram em alguns países (entre eles, Bulgária, Espanha e Inglaterra). A maioria das vezes os principais suspeitos são uma jovem/adolescente e um homem de por volta quarenta anos. A dupla de criminosos são supostamente pai e filha e estão sempre acompanhados de mais cúmplices. A história já está se transformando em lenda urbana em algumas cidades.
Não se sabe os verdadeiros nomes dos suspeitos. De acordo com depoimentos de algumas testemunhas, em cada país eles são chamados por um nome diferente, como por exemplo, Rutie Morgan (como a jovem era chamada na Inglaterra). Segundo eles, os dois tem um sotaque americano e são considerados de boa aparência. A garota, tem uma tatuagem no quadril de um coração perfurado por uma estaca. A tatuagem por enquanto, é a única maneira de reconhecimento da suspeita.”
Instantaneamente, me vieram flashes na memória como a primeira vez em que a conheci. Em que a peguei no flagra tentando abrir o cofre do meu pai. O momento em que ela estava de biquíni na minha frente e aquela tatuagem me chamou a atenção. Aquela mudança drástica de personalidade. Tudo aquilo fazia sentido.
“Os acontecimentos são quase os mesmos. Os principais alvos são famílias ricas. A jovem moça se envolve com o herdeiro de uma grande fortuna para conseguir informações sobre o dinheiro. Com a ajuda do homem mais velho, rouba uma grande quantidade de dinheiro de uma forma bem calculada e discreta. E para não deixar principais testemunhas, assassinam quem for necessário, geralmente apenas o herdeiro ou a família inteira. Cada caso é de uma forma diferente.
Suspeitam que haja mais casos de golpes, mas ainda não foram comprovados por falta de pistas e testemunhas. Os criminosos ainda estão foragidos, provavelmente em outros países.”
Depois de ler aquela matéria, tentei absorver um pouco do que estava acontecendo. Eu senti o calor se dissipar de meu rosto. O pavor começou a tomar conta de mim provocando gritos internos como “É ela! Miley é a ladra de corações!”.
Com a respiração um pouco falha, balbuciei. – Ela é uma assassina. – engoli em seco. – E nós somos suas próximas vítimas.

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