quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Capítulo 15 - She was a lie


Nicholas Narrando

Com as mãos fechadas fortemente no volante, eu pisava fundo no acelerador. A paisagem em minha volta passava como borrões de tinta, sendo totalmente ignorada pelos meus olhos levemente marejados. Eu queria não ter acreditado no Joe, mas é impossível. Estava estampada na minha frente por tanto tempo e nem me toquei. Toda aquela história que acabei de descobrir está me corroendo por dentro. Minha mente está embaralhada com tantas emoções se aflorando em mim que eu nem conseguia prestar atenção direito no transito. Eu queria ouvir dela. Eu precisava ouvir tudo aquilo dela. Talvez assim eu possa acordar do pesadelo em que meu irmão me conta uma loucura como essa e voltar pra realidade. Pelo menos era isso que ainda desejava.
Como ela foi capaz? Eu a amava tanto. E o pior é que eu não tinha nenhuma vergonha de declarar isso para Miley. Meu primeiro amor é na verdade uma vigarista. Ri sem humor. Só de pensar que me considerava um cara de sorte.
–Aquela cachorra mentirosa! – esbravejei.
Meu coração disparado em meu peito gritava em raiva. Raiva por me apaixonar por ela, raiva por ser tão idiota, raiva por ser apenas mais uma vítima.
Não demorou muito para encontrar sua casa. Numa rápida e impaciente manobra, estacionei em frente à entrada. Caminhei até a porta e apertei o botão da campainha. Ninguém atendeu. Não aguentando mais a demora, apertei mais uma vez. Quando a porta finalmente se abriu, me deparei com aqueles olhos azuis. Os mesmos que eu tanto adorava e em que fui hipnotizado. Mesmo depois de descobrir a dolorosa verdade sobre ela, Miley ainda continuava linda. Infelizmente sua beleza continuava a mesma diante de meus olhos.
–Oi amor, entra!
Ela abriu um falso sorriso e me deu um selinho nos lábios. Fiz questão de ser frio e apenas adentrar a casa. Não me importei em continuar com a minha expressão fechada. Ela me olhou de cima a abaixo estranhando o meu comportamento. – Ué, porque você não trouxe o material que te pedi? Nick, você está estranho...Aconteceu alguma coisa de errado? – Como se ela se importasse com o acontece comigo.
– Você que me diz. Tem alguma coisa de errado? – eu rebati. – Que eu saiba, não há nada de errado comigo. Se tiver algum problema por aqui, deve ser com você. – eu cruzei os braços já impaciente com tanta falsidade em pouco tempo de conversa. Seu sorriso vacilou diante das minhas palavras.
–Não estou entendendo nada do que você está falando. – ela disse se fingindo de ingênua. Se eu não tivesse tanta certeza assim, talvez até tenha desistido dessa louca hipótese. Era impressionante como ela conseguia enganar as pessoas. Isso me deixou ainda mais irado.
–Deixa de ser falsa e admite! Eu já descobri tudo. – eu gritei sem nenhuma hesitação. – Eu sei tudo sobre você, sua vadia!
Seus olhos abriram-se levemente em surpresa. Logo, piscou várias vezes e falou. – O que é isso, Nick? Você está ficando louco? Descobriu sobre o que?
–Sobre seu segredinho. – respondi com desprezo. – Nem adianta desmentir. Joe me contou tudo.
Miley veio até mim e segurou meu rosto com as duas mãos para olhar em seus olhos. – Independente do que o Joe disse a você. Tudo o que eu fiz foi à força. Ele me jogou contra você e não tive coragem de confessar. – enganadoras lágrimas desceram pelo seu rosto enquanto falava. Com nojo e sem nenhum cuidado, tirei suas mãos de meu rosto e a joguei no sofá para ficar longe de mim. – Por favor, Nick. Acredita em mim. – sua voz melodiosa e ardilosa suplicava enquanto mais lágrimas caiam.
–Ah, coitadinha de você. – ironizei. – Então o meu irmão malvado te forçou a transar com ele? E ele te forçou também a arrombar o cofre do meu pai? – perguntei me afastando dela.
–Aquela vez do cofre só foi por curiosidade. Eu juro que não roubaria nada, mas tive medo de você não acreditar em mim como agora. E o Joe meu forçou, sim! E... – ela insistiu sem perder a pose de coitada.
Não suportando mais tanta hipocrisia, vociferei. – Chega! - ela parou de falar na hora ainda ofegante. – Eu sei de tudo. Tudo! Não apenas o caso que você teve com o Joe, mas sei que você é uma assassina, uma golpista. Eu sei que você deu o golpe em vários caras como eu e que você planeja que eu seja o próximo. Não adianta mais fingir. Descobri tudo sobre você.
O silêncio pairou por alguns segundos entre nós. O falso choro da Miley já havia cessado. A sua expressão era indecifrável. Seus olhos, agora vazios, me encaravam intensamente. O que me deu um toque de realidade depois de tudo o que falei. Ela é uma assassina. O que ela poderia fazer comigo agora? Se eu descobri tudo, agora eu sou inútil para ela, certo?
–Tudo bem. Eu confesso. É tudo verdade, mesmo. Não tem como te enganar mais. – sua voz surpreendentemente estava em tom baixo e suave. Ela se levantou do sofá e caminhou até mim. – Eu sou uma criminosa, sim. O fato que eu me aproximei de você por causa do golpe é a mais pura verdade. – Miley se aproximou mais. Por incrível que pareça não reagi nenhum suspiro, ainda tentando decifrar aquelas misteriosas órbitas azuis a minha frente. – E se eu disser que foi um erro? – ela suspirou pesadamente. – Você acreditaria em mim se eu dissesse que depois de tudo isso eu me apaixonei por você, Nick? De verdade?
Eu continuei estático a fitando surpreso demais para reagir. Ela? Apaixonada por mim depois de tudo que fez? Impossível. Mas uma pontada de esperança me incomodava diante daquelas palavras. Logo seu rosto angelical, adotou um maldoso sorrisinho.
–Você acha mesmo que eu te amo? – ela riu escariosamente. – Acorda pra vida! Sou uma assassina. Uma das piores. Eu só te usei. Você não passa de um adolescente idiota e mimado. Eu nunca amaria alguém como você. – ela sussurrou a poucos centímetros de mim, danado ênfase a palavra nunca. Se a sua intenção foi me atingir, ela conseguiu em cheio. Aquelas palavras vindas de sua boca foram como uma estaca atravessando o meu peito.
–Vadia.
–Pode me xingar o quanto quiser, mas isso não vai melhorar pro seu lado.
–Se você pensa que vai conseguir o quer, está muito enganada. Comigo, você não vai sair impune. – falei tentando controlar minha ira.
–Ah é? O que você vai fazer? Me diz. Sair chorando para o papai? –ela perguntou irônica. - Olha só, Nicholas. Eu vou conseguir o que quero de qualquer jeito. Ou você ainda não sabe que depois que inventaram a arma de fogo, só tem problema quem quer? – sua expressão sarcástica adotou uma seriedade assustadora. – E falando nisso, acho melhor seu irmãozinho tomar cuidado porque ninguém que tenta me atrapalhar sai vivo. E acho melhor você também levar isso como lição e ficar na sua.
–Quem é você pra mandar em mim? Nunca vou te obedecer, sua cadela. – cuspi as palavras com o desdém. – Eu te odeio. Você é uma imprestável. Pra me impedir de te prejudicar, você vai ter que me matar primeiro. E acho melhor não chegar mais perto da minha família.
– Vejo que está defendendo o Joe com toda a confiança do mundo. Como o amor fraterno é lindo, não é? Até mesmo depois de levar um belo par de chifres por causa dele você ainda quer o defender de mim. – ela fez um biquinho sarcasticamente. - E quer saber? Já que tocamos no assunto sobre o Joe, dê os parabéns pra ele porque ele é um espetáculo na cama. – ela disse com um sorrisinho cruel estampado nos lábios e seus olhos carregados de maldade.
Toda aquela humilhação estava me enlouquecendo. Sem nem mesmo hesitar, levantei minha mão pesadamente até seu rosto um estalado tapa. Com a força do tapa, ela perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Com o rosto virado pro lado, sua mão apoiava no lugar da bofetada. Provavelmente deveria estar muito dolorido. Miley levantou o olhar pra mim entre suas mechas de cabelo jogadas em sua face. Ela estava surpresa com o meu ato. E não posso negar que eu também estava. Nunca bati em alguma mulher na vida, e tinha repulsa a isso. Porém, Miley me fez perder o controle. Suas palavras me atacavam sem pena, intencionalmente provocando ainda mais o meu sofrimento. Aquela inconsciente ação foi como um basta a tudo aquilo. Ao prazer que ela estava sentindo em me humilhar, à ingratidão de todo o meu amor, às todas as mentiras que me fizeram a cabeça nessas ultimas semanas. Senti um maldito nó se formar em minha garganta.
–Vagabunda! – berrei com todo o ar que meus pulmões guardavam.
–Você vai me pagar caro por isso. – ela respondeu.
–Eu já paguei, acredite. – eu disse. – Mas você vai levar pior. Disso eu tenho certeza. Se prepare pra mofar na cadeia. – falei andando volta à porta antes que insistentes lágrimas caíssem. Seria vergonhoso demais chorar na frente da minha maior inimiga.
–Não! Miley, não! – a voz do Steve gritou em desespero vinda da escada.
Me virei para o lado pra ver o que estava acontecendo e ouvi um zumbido e algo voar muito próximo de mim. Um segundo depois percebi uma faca fincar na madeira da porta. Ela estava exatamente na mesma direção em que pouquíssimos segundos atrás eu me encontrava. Por pouco, eu não fui atingido pelas costas. Arregalei os olhos e minha respiração começou a falhar. Voltei meu olhar a ela. Miley ainda estava no chão, mas me encarando uma fúria de um animal selvagem e feroz. Um animal extremamente perigoso. Fatal.
–Saia logo daqui antes que eu me arrependa de não ter tentado arremessar mais uma faca em você. – ela grunhiu com os olhos flamejantes de ira. Sua respiração pesada dava ainda mais o ar selvagem e insano à ela. Aquela visão era horrenda, assustadora. Pela primeira vez no dia me dei mesmo conta que ela é uma assassina. Se só com olhar ela pudesse me fazer algum mal, eu já estaria mais do que morto.
Antes que pudesse ser atacado de novo, saí da casa e fui direto para o meu carro novamente. Como se eu não pudesse ficar ainda mais confuso e perturbado do que antes, além da fúria, o pavor e a dor começaram a se manifestar em mim. Sem nem mesmo saber o que exatamente estava fazendo, imerso no caos da minha alma, dei partida ao carro e acelerei o máximo que eu pude. Uma pesada e teimosa lágrima desceu em meu rosto dando o primeiro sinal da angústia. A limpei rapidamente, tentando me recusar a chorar por alguém que fez questão de me humilhar. Não posso ser fraco agora. Não por causa dela.
Logo cheguei a minha casa, estacionei de qualquer jeito e entrei. Meus olhos estavam ficando cada vez mais marejados, como nuvens pesadas que estão prestes a causar uma tempestade. Não estava aguentando mais toda essa amargura. Busquei por alguma bebida guardada num armário especial. Nem quis saber qual era, peguei uma garrafa de qualquer coisa que continha álcool e subi pro meu quarto. Aguentar todo esse choque sóbrio seria masoquismo demais.
–Nicholas! – ouvi a voz de Joe ecoar pelo corredor. Me dei ao trabalho de ignorá-lo e seguir meu caminho até o quarto. – Cara, o que você fez? Você foi atrás dela não foi? . – ele insistiu acompanhando meus passos. – Nicholas, presta atenção em mim! – ele me puxou pelo ombro.
–Cala boca e me deixa em paz. – falei. – Você foi um dos responsáveis por isso. Será que não dá pra perceber?
–Como eu fui responsável? Se não fosse por mim, você nunca saberia a verdade e seria morto acreditando que aquelazinha era o amor da sua vida.
–Oh, muito obrigado então! Ah! Já te agradeci também por ter dormido com a minha namorada? – perguntei irônico. – Você é um filho da puta, Joe! Se você quer o melhor pra mim, então finge que não nos conhecemos e me deixa sozinho. Não preciso de ajuda vinda de um traidor como você. – gritei antes de entrar em meu quarto e trancar a porta.
Estou exausto! Exausto de ter que aguentar tudo se desmoronando em minha vida e ainda tentar ser forte. Exausto de todas aquelas mentiras.
Abri a garrafa de Vodka e dei um grande gole e senti o líquido descer em minha garganta como lava, deixando rastro de ardência por onde descia. Dei mais um enorme gole, desfrutando da mesma sensação anterior. Com o efeito do álcool, meus músculos começaram a relaxar lentamente. Finalmente sozinho no meu canto e com o único consolador que poderia ter, deslizei pela parede de meu quarto até cair sentado no chão. Então deixei as lágrimas caírem livremente pelo meu rosto, me livrando do sufoco que a decepção estava me proporcionando.
“Tentei desviar meu olhar do que você fez
Mágoa... Se tornou minha amiga”
Deixei a garrafa no chão ao meu lado e levei minhas mãos à cabeça. Soluços de choro tomaram conta do silêncio do quarto. Como ela pôde? Eu entreguei meu coração à ela sem numa hesitação. Em troca, Miley o dilacerou e pisoteou sem nem um pingo de piedade. Lembrei-me daquele sorriso surgindo em seu rosto enquanto me ridicularizava por ser tão idiota. Ela sentia prazer em acabar comigo.
“Você me fez sentir que o nosso amor não era real
Você jogou tudo fora”
O pior de tudo é o que mais me afeta não é o fato em que eu e minha família estamos em perigo. E sim o fato de ser traído pela Miley. Eu tentava me culpar por isso, mas eu não sentia culpa. Eu sentia dor. Dor em saber que aqueles lábios nunca mais poderão se juntar aos meus, em saber que aquela que acreditava ser minha nunca nem se quer me amou. Eu sou apenas uma ponte insignificante para sua cobiçada fortuna.
Não só todo aquele amor fingindo, mas a Miley também era uma mentira. Pelo menos a garota tímida e amigável que conheci na aula de Biologia não era nem de longe a aquela vigarista fria e cruel que acabei de brigar.
“Foi tão fácil confiar em você, baby
Acho que fui idiota, baby”
Como um flashback, me veio a mente alguns momentos.
A partir de uma sensação esquisita, eu tinha percebido que estava apaixonado pela primeira vez. Sem nem mesmo pensar duas vezes, me declarei para ela. Como fui ingênuo!
A nossa primeira noite foi fantástica. Ela é simplesmente era uma deusa na cama. Lembro-me bem como eu a fitava encantado e perdidamente apaixonado. Mal sabia que a sua verdadeira intenção era apenas arrombar o cofre e me roubar.
Aquela vez da praia... Manipulado pelo seu veneno, decidi continuar em Los Angeles. Eu confiei nela pra contar um passado tão sério da nossa família. Eu sentia que a Miley era a única pessoa que eu poderia confiar totalmente.
Imbecil! Imbecil! Imbecil!
Eu não enxergava o que estava a um palmo a minha frente. Eu me deixei iludir tanto que no começo eu até tentei fingir que tudo o que Joe falava era mentira. Eu não queria saber da verdade. Agora eu entendo o ditado “quanto mais alto, maior a queda”. Que belo tombo eu levei!
Sem me importar mais com as lágrimas correndo em meu rosto, tomei mais alguns goles da Vodka. Logo depois, me avistei minha mesa lotada de papeis. Me levantei do chão com certa dificuldade, por conta do efeito do álcool e caminhei até lá. Esboços de desenho tomavam conta do móvel. Neles, haviam o rosto a Miley em cuidadosos traços. Será que nem no meu quarto você cansa de me atormentar? Fiz questão de rasgar todos eles em pequenos pedacinhos, até não sobrar nenhum tipo de lembrança de sua imagem. Em um grunhido de raiva joguei todos aqueles papeizinhos pela janela.
–Vá pro inferno, sua ingrata! – gritei para o que restava dos desenhos.

Autora Narrando

Entre gritos escandalosos de ira, Miley quebrava qualquer coisa que visse pela frente. Ela não se conformava que seu plano, seu mais esperado projeto, desceu pelo ralo abaixo. Tudo culpa daquele viado do Joe! , pensou ela. Depois de tantos anos de planejamento, o infeliz do Joe simplesmente conta para seu irmão e estraga tudo. Tudo! Miley não conseguia mais controlar suas emoções. E com razão. Ela chegou perto demais da sua vitória. Mas não conseguiu nem sentir o cheiro dela.
– Eu deveria ter matado aquele desgraçado enquanto tive chance! – ela gritou jogando no chão o raso que guardava as orquídeas que ganhou de presente. Água e mais cacos de vidro se espalharam pela sala. Porém, ela não se importava. Ela precisava extravazar sua raiva, e era isso que ela estava fazendo.
–Droga, Miley. Para com isso! Ainda não fomos presos, a nossa luta ainda não acabou. Eu sei que é estressante, mas que merda! Se controle! Ou você quer que nossos próprios vizinhos nos ponham na cadeia? – manifestou-se Steve impaciente. Já fazia algum tempo que o Nicholas foi embora da casa depois de quase ser morto pela sua sobrinha, mas Miley não conseguia se tranquilizar. Pelo contrário. Cada vez que ela pensava no que aconteceu, mais furiosa ficava.
–Acabou, Steve. Está tudo acabado. – falou entre cortando sua respiração ofegante. Steve percebeu que aqueles olhos azuis transmitiam um brilho, não mais raivoso, mas apavorado, insano. Ela estava fora de si. – Eu já deveria ter percebido desde o começo que nunca adiantaria. Nós nunca venceríamos essa batalha. - ela passou suas mãos trêmulas pelo cabelo com um olhar distante.
Aquela visão o assustava. Steve nunca tinha visto Miley chegar a esse estado. Tão desnorteada e alterada. O homem sentiu uma pontada de medo do que aconteceria se ela continuasse assim, mesmo ele sabendo muito bem dos riscos.
Ele foi até Miley e a segurou firmemente pelos ombros. – Olha nos meus olhos. – Miley ignorou a sua frase e continuou a murmurar contrariada. – Olhe nos meus olhos. – Steve sacudiu sua sobrinha, aumentando o tom de voz. Pelo menos dessa, a Miley obedeceu. – Você é inteligente. Nós somos inteligentes. Já passamos por vários sufocos em outras missões e não vai ser nessa que vamos desistir de tudo só porque o pentelho do Nicholas descobriu sobre nós. Não vamos render, você me entendeu? Ou quer que eu te lembre de tudo para poder refrescar sua memória do porque que está aqui?
Calada, ela balançou a cabeça negativamente. – Ótimo. Não se preocupe. Nós vamos conseguir uma saída. Eu tenho um plano.

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